Relator de cassação pouco fez para punir colegas corruptos
Como presidente ou corregedor da Câmara, ele não incomodou condenados
Escolhido relator do processo que pede a cassação do deputado Benedito Domingos (PP), o atual corregedor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Sidney Patrício (PT) certamente não é o nome mais indicado para atuar como uma espécie de “promotor” do caso. Ele presidia a Câmara ou já chefiava a corregedoria quando pelo menos quatro deputados foram acusados e até condenados pela Justiça por crimes de corrupção, mas ele não os incomodou. Ontem, após a escolha, ele notificou Domingos do prazo legal de 30 dias para apresentação de defesa prévia. Respeitadas as datas, o processo só deverá ser analisado no início no ano que vem.
?A Casa dá mais um passo na legalidade ao prosseguir com o processo”, trombeteou Patrício – “mas é importante garantir ao deputado investigado o amplo direito de defesa e os prazos legislativos do processo para que não haja nenhuma brecha para contestação futura?. O relator foi escolhido por meio de sorteio.
Além dos 30 dias úteis, Benedito Domingos terá anda um intervalo durante o recesso parlamentar previsto entre os dias 13 de dezembro a 3 de fevereiro. Depois disso, Patrício terá outro prazo de 30 dias úteis para a elaboração do parecer do relator, a ser votado pela Comissão de Ética e em seguida encaminhado ao plenário. Tudo isso no ano eleitoral de 2014.