Crise da pandemia

Para não romper teto de gastos em 2021, governo deve reduzir gastos discricionários

Déficit fiscal projetado pela Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado, é 13,5% maior que o previsto pelo governo

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Foto: Marcello Casal Jr./ABr

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, adiantou que o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) sobre a proposta orçamentária do próximo ano vai mostrar um “risco alto” de rompimento do teto de gastos, a menos que o governo reduza drasticamente os gastos discricionários.

De acordo com o projeto de lei orçamentária anual enviado pelo governo, o limite para os gastos da União é de R$ 1,485 trilhão. O valor corresponde ao teto de 2020 (R$ 1,454 trilhões) corrigido pela inflação de 2,13% (IPCA).

Segundo Salto, o déficit fiscal para o próximo ano deve ser de R$ 265,3 bilhões, cerca de 13,5% maior que o projetado pelo Planalto. E isso ainda não leva em conta o Renda Brasil, novo programa de renda mínima em estudo pela equipe econômica.

O IFI já havia alegado, quando da aprovação da PEC do teto de gastos, que o cumprimento seria “relativamente tranquilo” até 2020. “Hoje, temos indicado que o risco de romper o teto é alto para o ano que vem. O governo vai operar com nível muito baixo de despesas discricionárias para cumprir o teto ou vai descumpri-lo”, disse o diretor-executivo da IFI. (Com Agência Senado)

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