Corrupção em Minas

Operação apura propina em obra da Cidade Administrativa construída por Aécio em Minas

MPMG com apoio de órgãos estaduais investiga crimes nas obras da sede do governo mineiro

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 23, operação com o objetivo de cumprir 12 mandados de busca e apreensão, os quais são fundamentais para as investigações sobre crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, cometidos na execução das obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, construída no mandato do então governador e atual deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

As ordens judiciais, que tinham como alvo três residências e nove empresas, foram expedidas com fundamento em fatos criminosos apontados em acordos de colaboração premiada firmados pelo MPMG.

Nesse contexto, foram alvo dos mandados de busca e apreensão empresas utilizadas para fornecer recursos destinados ao pagamento de propina a agentes políticos e públicos, bem como para atuar na lavagem de dinheiro.

Além das empresas, as ordens judiciais autorizaram as buscas na residência de funcionários investigados por operarem os recursos obtidos de forma ilícita, de modo a atuar na distribuição da propina e na lavagem de ativos ilícitos.

A identidade dos colaboradores e o conteúdo das colaborações permanecem em sigilo, conforme expressa determinação legal.

O MPMG considera importante ressaltar que a operação deflagrada hoje, dia 23 de setembro, é resultado do desdobramento das investigações concluídas pela Polícia Federal, em Inquérito Policial, que apura crimes de licitação, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro nas obras de construção da “Cidade Administrativa de Minas Gerais”, levadas a efeito nos anos de 2007 a 2010.

O material arrecadado foi encaminhado à sede do Gaeco, em Belo Horizonte, onde será examinado.

Ação conjunta

A operação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) conta com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e da Secretaria de Fazenda de Minas Gerais (SEF/MG); dos Gaecos do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e do Ministério Público do Rio de Janeiro  (MPRJ); e da Polícia Civil de São Paulo (PCSP).

Participaram da operação quatro promotores de Justiça do MPMG; três promotores de Justiça do MPRJ; uma promotora de Justiça do MPSP; 11 servidores do MPMG; 13 agentes do MPRJ (CSI/Coordenadoria de Segurança e Inteligência); 27 servidores da SEF/MG; 44 policiais da PMMG; um delegado e cinco investigadores da PCMG; um delegado e nove investigadores da PCSP. (Com informações da Superintendência de Comunicação Integrada do MPMG)

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