Patriota é ele

No Dia da Pátria, Renan Filho defende soltura de ex-presidente preso por corrupção

Governador de Alagoas endossou apelo pela libertação de Lula, condenado e preso por crimes

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Renan Filho e seu vice Luciano Barbosa apoiando libertação de Lula no 7 de Setembro. Foto: Divulgação

Durante o desfile cívico-militar em que foi celebrado o Dia da Pátria em todo o país, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), demonstrou seu patriotismo, apoiando a libertação de Lula, o único ex-presidente da República na história do Brasil condenado por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O gesto diante de uma bandeira que pedia “Lula livre” ocorreu na manhã deste sábado, 7 de Setembro, em Maceió (AL).

O evento contou com a presença de manifestantes do Grito dos Excluídos, promovido por militantes de esquerda que apelaram a Renan Filho contra injustiças sociais cometidas no Estado de Alagoas e no Brasil, como parte do resultado de esquemas de corrupção investigados na Operação Lava Jato, no âmbito da qual Lula foi preso.

Na foto, Renan Filho e seu vice Luciano Barbosa (MDB), endossam o movimento pela liberdade de Lula, na companhia de um integrante do Movimento Sem Terra (MST) e do presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Maceió, Marcelo Nascimento, em campanha pela reeleição ao comando do partido de Lula.

Apesar do afago a Lula, o governador alagoano cobrado pelo coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Alagoas por apoio à educação em Alagoas e a milhares de famílias ameaçadas de despejo na terra natal de Renan Filho, em Murici (AL). O militante ainda exigiu atenção do governador às milhares de vítimas da mineradora Braskem, nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange, em Maceió (AL). 

“Contamos com escolas em estado crítico. Faltam merendas, professores e o mais importante, alunos. Cadê a melhorias para o problema? Por qual motivo sofremos com isso?”, questionou Carlinhos da CPT, a Renan Filho, segundo reportagem da Gazetaweb.

Nas redes sociais e em seus pronunciamentos durante o evento, Renan Filho disse que a celebração da Independência do Brasil deveria significar “mais tolerância com o próximo, mais justiça social e equidade. 

E sem citar a corrupção e a herança dos governos petistas como causas da recessão atual, Renan Filho pregou que o Dia da Pátria signifique “liberdade para que o Brasil reencontre o caminho do crescimento econômico, olhando sempre primeiro para quem precisa mais”.

O Diário do Poder aguarda resposta para o seguinte questionamento enviado à assessoria de Renan Filho: “Como o governador de Alagoas justifica que, no Dia da Pátria, endosse apoio público pela libertação do único ex-presidente condenado por corrupção da história do Brasil?”.

A condenação

Lula foi condenado no âmbito da Lava Jato, acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de aceitar a propriedade de um tríplex, em Guarujá (SP), como propina paga pela empreiteira OAS, em troca de três contratos com a Petrobras. E permanece preso desde 7 abril de 2018, em uma cela especial da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

O ex-presidente petista segue negando as acusações que lhe renderam pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias, definida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). E tem recorrido, sem sucesso, contra a condenação imposta pelo Judiciário.

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