Operação Mercenários

MPRJ prende 11 PMs acusados de tortura e extorsão; comandante de batalhão é alvo

Segundo as investigações, os policiais sequestravam criminosos, vendiam armas, vazavam operações e faziam 'troia' contra traficantes

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Tenente-coronel André Araújo de Oliveira, comandante do 15º BPM (Duque de Caxias), é alvo da Operação Mercenários, do MPRJ. Foto: Reprodução/TV Globo

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) faz hoje (26) uma operação para prender 11 policiais militares suspeitos de torturar e extorquir criminosos. Segundo o MPRJ, os agentes sequestravam, torturavam as vítimas e exigiam o pagamento de resgate.

Os investigados são policiais que, na época dos crimes, eram lotados inicialmente no Batalhão de Queimados (24º BPM), na Baixada Fluminense. Depois, alguns desses agentes foram transferidos para o batalhão de São João de Meriti (21º BPM), na mesma região, mantendo o esquema criminoso.

Entre os alvos da Operação Mercenários, está um coronel da Polícia Militar que atualmente comanda outro batalhão da Baixada Fluminense.

De acordo com o MPRJ, os policiais recebiam propina de criminosos. Mas, quando o pagamento aos agentes não era realizado, eles faziam os sequestros e realizavam apreensões de materiais ilícitos em benefício próprio.

O MPRJ cita como exemplo que quatro dos denunciados exigiram R$ 1 milhãode Léo Marrinha, chefe do tráfico do Cantagalo/Pavão-Pavãozinho, para não prendê-lo.

Além das prisões, estão sendo cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, expedidos pelo juízo da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça. A operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar (PM). (ABr)

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