MPF denuncia 12 pessoas pelo superfaturamento do Mané Garrincha
Ex-governadores Arruda e Agnelo acusados de superfaturamento
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) ofereceu denúncia à 12ª Vara da Justiça Federal contra 12 pessoas envolvidas na Operação Panatenaico, que investiga o superfaturamento da obra do estádio Mané Garrincha. Se a denúncia for aceita pela Justiça, os envolvidos devem responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.
Por causa do sigilo dos termos de colaboração dos executivos da construtura Andrade Gutierrez, os nomes dos denunciados ainda não pode ser divulgado. Mas entre os alvos da operação deflagrada em maio do ano passado estão os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB).
Entenda o caso
A Operação Panatenaico, deflagrada pela Polícia Federal, apura fraude e desvio de recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha. O superfaturamento da arena chegou a quase R$ 900 milhões, segundo as investigações. As obras, orçadas em cerca de R$ 600 milhões, custaram, na verdade, R$ 1,575 bilhão – tornando o Mané Garrincha o estádio mais caro da Copa de 2014. A PF indiciou 21 pessoas na Panatenaico. Em maio do ano passado, Arruda, Agnelo e Filippelli chegaram a ser presos na operação.