Gestão irresponsável

MPC acusa Adasa de contribuir com crise hídrica por causa de má gestão

Relatório pede investigação de irresponsabilidade e aponta falhas

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Ministério Público de Contas (MPC) avalia que falhas na gestão e na fiscalização da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Adasa) podem ter contribuído com a escassez de água no DF.

Em relatório, o órgão pede que o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) investigue as responsabilidades da agência, que teria ignorado alertas de diversos órgãos de controle. O documento registra ainda que não houve aumento abrupto no consumo ou estiagens capazes de afetar o sistema de maneira intensa.

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O MPC analisou ainda os gastos feitos pela agência de 2009 até hoje e concluiu que o gasto com publicidade foi muito maior do que o feito com ações que melhorassem o sistema de abastecimento. A Adasa gastou, em sete anos, R$ 15 milhões em propagandas. Investimentos com fortalecimento e reestruturação do sistema de recursos hídricos, por exemplo, foi de apenas R$ 3,5 milhões.

Já neste ano, o gasto previsto com publicidade é de R$ 5,6 milhões, enquanto o orçamento de ações de fiscalização e modernização da estrutura é de R$ 2 milhões.

A Adasa afirmou que o abastecimento de água estava garantido, levando em consideração três obras de ampliação do sistema produtor de água que não ficaram prontas (Lago Paranoá, Bananal e Corumbá IV). Sobre os gastos com publicidade, a agência reguladora declarou a despesa como "aceitável."

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