Operação Gambito da Rainha

MP denuncia 20 acusados de dano de mais de R$ 60 milhões ao fisco de Alagoas

Empresária Eliane do Globo, seus filhos e outros 17 foram denunciados por crimes

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Operação Gambito da Rainha devassou conglomerado da empresária Eliane do Globo em União dos Palmares (AL). Fotos: MPAL e Redes Sociais

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), propôs uma ação penal, na última sexta-feira (18), contra 20 alvos da Operação Gambito da Rainha, deflagrada no último dia 02 deste mês de dezembro para investigar pessoas ligadas ao conglomerado de empresas de “Eliane do Globo”, em União dos Palmares (AL). Dentre outros crimes, os denunciados vão responder por lavagem de bens, corrupção de agentes públicos e organização criminosa, que causaram um prejuízo de mais de R$ 60 milhões ao fisco de Alagoas.

Por meio do Gaesf (Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens) a denúncia foi ajuizada contra os empresários Eliane do Globo Torres, Emerson Douglas Torres de Omena e Ana Karoline Torres de Omena, o contador Petrúcio Augusto Pereira da Silva Júnior, o advogado Thalles Roberto Rocha Emery e os auditores-fiscais Francisco Manoel Gonçalves de Castro, José Gonzaga de Medeiros, Marcos Mouzart de Almeida Costa e Edgar Sarmento Pereira Filho.

Também foram denunciados os tabeliães de União dos Palmares Célio Barboza Duarte e Ana Maria Barbosa Duarte, o militar da reserva da Polícia Militar de Alagoas Evaldo Bezerra Barbosa, o funcionário aposentado da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) Emanuel Raimundo dos Santos, os “testas-de-ferro”, “laranjas” ou avatares Lucas André de Souza Alves, Tamires da Silva, Linaldo Leandro do Nascimento, Gilvan José da Silva, Arnóbio Isaías da Silva Filho, Elaine Cristina Gonçalves e Moésio Lima da Silva.

A acusação detalha a conduta de cada um deles, que envolve os crimes de lavagem de bens, corrupção de agentes públicos, organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias e falsificação de documentos públicos e privados.

“Ao todo, o prejuízo ao tesouro estadual está estimado num montante aproximado de R$ 60.107.413,06 (sessenta milhões, cento e sete mil e quatrocentos e treze reais e seis centavos). Tal valor está corrigido monetariamente, inclusive, com multas e juros, conforme dados da própria Sefaz”, informou o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Cyro Blatter.

A ação penal foi ajuizada perante a 17ª Vara Criminal da Capital, de combate ao crime organizado.

Gambito da Rainha

No dia 2 deste mês, o Gaesf foi às ruas ao deflagrar a operação Gambito da Rainha. Naquela ocasião, foram expedidos oito mandados de prisão, sendo três preventivos e cinco temporários, e mais 30 de busca e apreensão, em Alagoas e Pernambuco, todos pela 17ª Vara.

Na última semana, uma nova fase da operação aconteceu e, dessa vez, as medidas cautelares foram cumpridas em um cartório, aqui em Maceió.

A operação Gambito da Rainha recolheu documentos para fins de investigação e ainda apreendeu diversos veículos, além do bloqueio de bens móveis e imóveis, que já estão à disposição do Poder Judiciário.

O Gaesf, além do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), é integrado pela Secretaria de Estado da Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado, Polícia Civil e Polícia Militar de Alagoas. (Com informações da Comunicação do MPAL)

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