MP apura esquema de R$10 milhões com furto de carros alugados na Bahia
Três mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão são cumpridos na Bahia, Alagoas, Sergipe e Goiás
O Ministério Público da Bahia (MPBA) deflagrou nesta quinta-feira (12) a Operação Fake Rent contra esquema criminoso que faturou R$ 10 milhões com o comércio de mais de 100 carros furtados de locadoras, com atuação dentro do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA). Policiais civis e militares baianos e agentes da Polícia Rodiviária Federal (PRF) cumprem três mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão, nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D´ávila, Simões Filho e Eunápolis, e nos estados de Alagoas, Goiás e Sergipe.
Entre os mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, também foram determinados afastamentos de função pública, proibições de exercício de atividade econômica e restrições veiculares.
A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPBA, com o apoio dos Gaecos dos estados de Alagoas, Goiás e Sergipe, das Polícias Civil e Militar baianas, e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio da Superintendência Regional na Bahia.
O esquema
Conforme as investigações, o esquema consiste em se apropriar indevidamente de carros pertencentes a locadoras de veículos para depois comercializá-los. Até o momento, foi apurado que mais de 100 veículos, a maioria de luxo, foram subtraídos das locadoras, num prejuízo estimado de mais de R$10 milhões.
São apurados crimes de associação criminosa, estelionato, falsidades documentais, inserção de dados falsos nos sistemas informáticos e corrupção ativa e passiva.
As investigações apontam que o esquema funciona há pelo menos cinco anos no Detran baiano. Segundo apurado, os envolvidos cooptam pessoas para alugarem veículos pertencentes a grandes locadoras nacionais e estrangeiras, contam com a ajuda de despachantes e corrompem servidores do órgão estadual de trânsito para inserirem dados falsos nos sistemas informáticos do órgão.
Os automóveis seriam transferidos para “laranjas”, pessoas falecidas ou terceiros que tiveram seus dados utilizados sem seu conhecimento.
O MPBA não divulgou nomes dos alvos da operação. (Com informações da Comunicação do MPBA)