Justiça

Motorista que atropelou e matou adolescente pode ir a júri popular

Juiz Geraldo Cavalcante Amorim decidirá júri popular em 10 dias

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Na tarde da última quarta-feira (2), ocorreu no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) a audiência de instrução de José Wellington Pacheco, acusado de atropelar e matar o adolescente Fabrício de Melo, 13 anos, na Avenida Fernandes Lima, em outrubro de 2014. A sessão foi conduzida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, que dentro de 10 dias decidirá se o réu vai a júri popular ou se o processo será desclassificado para uma vara de acidente de trânsito.

“É através da fase instrutória, na qual foram ouvidas as testemunhas da acusação, da defesa, pai da vítima e fiz o interrogatório do réu, que eu terei condições de obter elementos suficientes para tomar uma decisão”, esclareceu o juiz. Durante seu depoimento, Flávio Jorge de Melo, pai da vítima, destacou que o adolescente estava cumprindo sua obrigação de cidadão ao esperar o sinal abrir para o pedestre antes de atravessar e que espera que o acusado seja pronunciado.

“Nós estamos tendo a sensação de que a Justiça está começando a ser feita. Nós queremos que meu filho não tenha morrido em vão. Nós temos que acabar com isso de inocentes serem vitimados por pessoas que não cumprem seus deveres, que acham que estão acima da lei e de todos. O meu filho foi educado para cumprir todas as regras dentro e fora de casa”, disse Flávio Jorge.

 

Relembre o caso

O adolescente Fabrício de Melo, 13 anos, voltava da escola, quando foi atropelado ao tentar atravessar a Avenida Fernandes Lima, na faixa de pedestre em frente à Casa das Carnes. O semáforo estava fechado, mesmo assim, o motorista, Wellington Pacheco, de 45 anos, desobedeceu as normas de trânsito e acabou atropelando o garoto.

Wellington evadiu-se do local sem prestar socorro à vítima, que veio a óbito ainda no local. Seu carro foi encontrado dias depois, escondido na casa de familiares em uma rua do Conjunto Luiz Pedro I, no bairro do Tabuleiro dos Martins, localizado na parte alta de Maceió, longe de onde aconteceu o acidente.

Depois do veículo ter sido encontrado Wellington resolveu se entregar a polícia. Em depoimento, ele disse que "estava com pressa".

 

 

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