Operação Handroanthus

Ministra Cármen Lúcia inclui presidente do Ibama no inquérito que investiga Salles

Nome de Bim constava na notícia crime encaminhada pela PF como um dos envolvidos nos atos delituosos

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Foto: IBAMA

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia determinou nesta segunda-feira (07), a inclusão, como investigado, do presidente do Ibama, Eduardo Bim,no inquérito que investiga o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Salles começou a ser investigado devido a notícia crime do delegado Alexandre Saraiva, da Polícia Federal do Amazonas, sobre envolvimento do ministro com desmatamento ilegal. Tal inquérito que apura a suposta prática dos delitos de advocacia administrativa, obstar ou dificultar a fiscalização ambiental e impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

Na semana passada, ao pedir a abertura de inquérito contra Salles, a Procuradoria-Geral da República (PGR) deixou de se manifestar em relação a Bim, que também constava da notícia crime encaminhada pela Polícia Federal como um dos envolvidos nos atos delituosos narrados na Operação Handroanthus, que resultou na apreensão de cerca de 200 mil metros cúbicos de madeira extraídos ilegalmente por organizações criminosas.

Após determinação da ministra para que se manifestasse sobre a condição processual de Bim, a PGR pediu sua inclusão no inquérito, por entender que sua situação fática e jurídica é semelhante à do ministro do Meio Ambiente. Bim também será ouvido na qualidade de investigado. A ministra deu prazo de 30 dias para a PF concluir as diligências e encerrar as investigações

A ministra negou o pedido feito pela defesa de Salles para retirar dos autos uma petição para que sejam juntados ao processo documentos relativos a outras investigações contra ele. Segundo a ministra, a ausência de manifestação sobre o pedido significa que a PGR considerou os documentos “relevantes para o panorama investigado”.( Com informações STF)

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