Funcionários fantasmas

Ministério Público aciona ex-presidente da Alego

A promotora também pediu bloqueio de bens do deputado

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O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs ação de improbidade administrativa contra o ex-deputado estadual Jardel Sebba, atual prefeito de Catalão. Segundo entendimento da promotora de Justiça Villis Marra, Sebba manteve ao menos 32 funcionários fantasmas em seu gabinete na Assembleia Legislativa (Alego), entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013. Além da ação, o MPGO pediu o bloqueio de bens de todos os 34 acionados, o que inclui, além de Jardel Sebba, sua mulher, Ana Abigail Sebba, e os 32 servidores contratados e mantidos de forma ilegal, como medida cautelar incidental. No total, foi requerido o bloqueio de bens no valor de R$ 3.738.767,19.

De acordo com o Ministério Público goiano, o prefeito utilizou indevidamente dos cargos de deputado estadual e de presidente da Alego para obter vantagem indevida, contratando para cargos comissionados parentes, empresários da cidade de Catalão, políticos do município e cidades circunvizinhas e também cabos eleitorais, causando o enriquecimento ilícito de terceiros, provocando grave dano ao erário e violando os princípios da administração pública. Já Ana Abigail Sebba, segundo apurado pelo MP, utilizava o cargo ocupado por seu marido para prometer a eleitores cargos públicos na Assembleia, mesmo sabendo que os contratados não iriam desempenhar nenhuma de suas funções, mas se dedicariam a atividades políticas privadas de seu marido.

Para a promotora, “não há dúvidas que Jardel Sebba enriqueceu ilicitamente ao tempo que o poder público custeou funcionários que trabalhavam defendendo seus interesses particulares, causando um enorme rombo nos cofres da Alego, mediante a prática de ato ardiloso, impessoal, ilegal, imoral e desleal, justamente de quem mais deveria zelar pela ética e pela preservação do patrimônio público”. 

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