Reunião com Bolsonaro

Zema reforça prevenção e cobra ações da União contra impacto de R$ 7,5 bi do Covid-19

Governador quer recursos e medidas para preservar empregados e empregadores, em Minas

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu na manhã de hoje (25) as medidas preventivas que seu governo adotou contra o Covid-19 e defendeu ações efetivas do governo federal para minimizar  impactos econômicos aos mineiros, ao participar da videoconferência com o presidente da República, Jair Bolsonaro, ministros de Estado e demais governadores do Sudeste. Zema prevê uma perda de R$ 7,5 bilhões com o novo coronavírus.

Nas discussões para alinhamento das ações de enfrentamento ao novo coronavírus no Brasil, Zema ressaltou a importância de, neste primeiro momento, adotar as melhores práticas de prevenção contra a doença – respeitando as determinações já adotadas pelo governo e as da Organização Mundial de Saúde (OMS), já adotadas em países desenvolvidos.

Mas também compartilhou a preocupação do presidente Bolsonaro com o problema econômico que a pandemia poderá causar ao país, e apresentou algumas demandas ao governo federal que poderiam ajudar Minas Gerais a passar por este momento de instabilidade econômica que pode gerar milhares de desempregados.

“Queremos, em primeiro lugar, a preservação da vida. Tenho certeza que Minas e o Brasil estão tomando as medidas certas para que nós venhamos a superar este que talvez seja o momento mais difícil das últimas décadas”, afirmou o governador, ao defender cooperação para que o país passe pela crise. “Temos que, juntos, buscar alternativas para esta questão”, concluiu.

Recursos da Lei Kandir e do projeto Mansueto

Para Zema, muito provavelmente, o Ministério da Economia deverá propor medidas visando a preservar os empregados e também os empregadores. O governador considerou importantíssimo medidas de preservação da economia com uma certa urgência, por prever uma queda bilionária na arrecadação mineira.

“Levei também os pleitos de Minas Gerais, que está sendo fortemente impactado. Vamos ter, caso esta situação perdure, uma queda na arrecadação de ICMS da ordem de R$ 7,5 bilhões, e isso seria catastrófico para o nosso Estado. Dentro disso, levei o pleito para que o governo federal tente antecipar os recursos da Lei Kandir e tente encaminhar e fazer com que o Congresso aprove o quanto antes o projeto Mansueto, que vai ajudar os Estados endividados”, reforçou o governador Romeu Zema.

Entre algumas das ações de apoio aos governos estaduais apresentadas pelo governo federal durante a reunião estão a suspensão do pagamento da dívida dos Estados com a União, a manutenção dos repasses do Fundo de Participação dos Estados e a ampliação dos investimentos na Saúde para o enfrentamento ao coronavírus.

Elogio pelo ajuste

O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou a importância da parceria entre os estados e a União na construção de saídas para a crise econômica.

“O governador Romeu Zema, particularmente, sempre conduziu muito bem o ajuste dele. Nos encontramos várias vezes em Brasília. Ele sempre foi lá, foi atendido, tivemos pelo menos dez reuniões ou mais, ele nos mostrando como fez esses ajustes durante esse período, e nós o estimulamos e dissemos que vamos apoiar, mas que precisamos de ferramentas legais. O plano Mansueto é uma delas e, agora, podemos acelerar o processo. Nós precisamos de dinâmica em um momento como este em que todos estão em crise”, afirmou.

Também participaram da videoconferência, pelo governo federal, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão; o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; além de demais secretários. Por Minas Gerais, os secretários de Governo, Igor Eto; de Fazenda, Gustavo Barbosa; de Planejamento e Gestão, Otto Levy, e o secretário-geral, Mateus Simões, também participaram da reunião. (Com informações da Agência Minas)

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