Mensalão tucano

TJMG julga hoje penúltimo recurso do ex-governador Eduardo Azeredo

Tucano foi condenado a 20 anos de prisão por peculato e lavagem

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) vai julgar nesta terça-feira, 24, mais um recurso da defesa de Eduardo Azeredo (PSDB). O ex-governador mineiro e ex-senador foi condenado em segunda instância a mais de 20 anos de prisão no processo do mensalão tucano prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele recorre em liberdade.

Os desembargadores da 5ª Câmara Criminal vão analisar os embargos infringentes apresentados pelos advogados de Azeredo depois de o tribunal manter a condenação do tucano em agosto do ano passado. O ex-governador foi condenado em primeira instância em dezembro de 2015.

O resultado do julgamento dos embargos, que o penúltimo recurso no TJMG, será conhecido 11 anos depois de a primeira denúncia ser feita ao Supremo Tribunal Federal (STF). A acusação da Procuradoria-Geral da República foi aceita em 2009, quando Azeredo era senador por Minas Gerais. Em fevereiro de 2014, quando era deputado federal, o tucano renunciou ao mandato, após a PGR entregar as alegações finais do processo ao STF. Sem o foro privilegiado, Azeredo teve seu caso enviado para o Tribunal de Justiça mineiro, onde recomeçou. Na ocasião, ele disse, em carta, considerar injustas e agressivas as acusações.

O ex-governador é acusado de ter desviado R$ 3,5 milhões em recursos de três estatais mineiras para sua campanha à reeleição em 1998.  Segundo a PGR, o tucano foi o principal beneficiário do desvio de recursos do governo de Minas. O esquema, operado pelo publicitário Marcos Valério, segundo o Ministério Público, foi executado por meio de contratos superfaturados.

No recurso interposto por Azeredo, a defesa requer a absolvição do tucano e, se isso não ocorrer, a revisão da dosimetria das penas para o mínimo legal. Também pede que a Justiça reconsidere a expedição de mandado de prisão contra o político.

O Ministério Público de Minas Gerais pede a aplicação imediata da prisão, após o esgotamento dos recursos no TJMG.

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