Após depoimento

Justiça liberta fundador da Ricardo Eletro, preso por suspeita de sonegar e lavar R$ 400 mi

Ricardo Nunes deixou prisão dizendo que tudo foi esclarecido e fará uma live para explicar

acessibilidade:

O empresário Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro, foi libertado pela Justiça na tarde desta quinta-feira (9), após depoimento no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no âmbito do inquérito da Operação Direto Com O Dono. Ricardo foi preso ontem (8), em São Paulo, pela suspeita de ser o principal beneficiário de um esquema criminoso de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Segundo promotores e delegados, o esquema desviou cerca de R$ 400 milhões do cofres públicos.

O empresário estava no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). E, ao ser liberado, Ricardo Nunes disse que tudo já foi esclarecido e fará uma “live” na segunda-feira (13) para se explicar.

Seu advogado, Sérgio Leonardo, disse que ele respondeu todas as perguntas e que as empresas envolvidas na operação pertencem a mãe de Ricardo.

A defesa do empresário ainda informou em nota que o MP de Minas comete um “equívoco muito grave ao confundir a pessoa física do Ricardo e os seus negócios com o patrimônio e a as as atividades de outros membros da família”.

“O patrimônio da mãe de Ricardo decorre de herança do pai de Ricardo, falecido há aproximadamente 40 anos, período durante o qual ela geriu esse patrimônio e o manteve. O patrimônio da mãe de Ricardo não tem a mínima relação com a Ricardo Eletro, e a sua origem é anterior a empresa. Ricardo Nunes negou veemente, hoje, em seu depoimento, que possua qualquer valor ou bem fora do Brasil”, diz a defesa de Ricardo Nunes.

Sua filha Laura Nunes, que chegou a ser detida com autorização judicial no início da manhã desta quarta-feira, foi liberada ontem mesmo, após prestar depoimento à Polícia Civil. O mandado de prisão expedido pela Vara de Inquéritos de Contagem (MG) e cumprido foi, posteriormente, revogado pela 3ª Vara Criminal de Contagem.

Também foi revogado pela Justiça o mandado de prisão do superintendente da Ricardo Eletro, Pedro Daniel Magalhães, após a defesa de Magalhães garantir que ele se apresentaria voluntariamente para depor.

Segundo os promotores e o delegado que cuidam do caso, por cerca de pelo menos dez anos, a Ricardo Eletro fraudou os cofres mineiros, deixando de repassar ao governo estadual o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que cobrava de seus clientes. (Com informações do G1 e Agência Brasil)

Reportar Erro