Há 71 dias

Metroviários continuam de braços cruzados e GDF finge que não vê

Impasse deixa população sem transporte para ir e vir

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Os servidores do Metrô-DF completaram 71 dias em greve e não há consenso entre a categoria e o Governo do Distrito Federal. De um lado, o sindicato do metrô cobra melhores condições de trabalho, reajuste da inflação e convocação dos aprovados e do outro o GDF diz que não tem dinheiro e não se dispõe a resolver o impasse. Enquanto isso, a população sofre com a falta de transporte.

Com a greve, os trens do metrô estão funcionando apenas em horários de pico – das 6h às 9h e das 17h às 20h30 – nas 12 estações com menos vagões, o que acarreta em lotação.

De acordo com os metroviários, eles decidiram pela greve porque há muitos equipamentos quebrados, como cadeiras e computadores. Outro fato importante é que os rádios entre os trens também não está funcionando.

Essa é a mais longa greve do Metrô-DF. Há um mês o Tribunal Regional do Trabalho declarou legal o movimento grevista. Mas agora o caso está aguardando posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho.

As negociações com o GDF estão paradas. O governo finge que não vê o preblema e não se esforça para resolver.

Questionado pela reportagem, o Buriti não respondeu o que está fazendo para solucionar a crise e como estão as negociações.

Procurado, o Metrô disse que o processo que julga a legalidade da greve do Metrô segue em dissídio no TST, com data prevista para julgamento nesta quarta-feira (24). "O Metrô concedeu tudo o que é legalmente possível, estando impossibilitado de conceder o reajuste salarial pela correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a contratação dos aprovados no último concurso em razão do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)", informou.

A companhia disse também que a direção do Metrô-DF e o GDF já realizaram 16 reuniões com a participação da Procuradoria Geral do DF, Casa Civil, TRT e TST, sendo a última realizada na quarta-feira (17) e acordada entre o Metrô-DF e o Sindmetrô, mas que foi novamente recusada pelo movimento paredista.

Sobre a promessa de Rollemebrg, o Metrô informou que não há corte no ponto do servidor e o desconto no salário uma vez que a Justiça determinou o pagamento aos grevistas até o julgamento do dissídio coletivo.

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