Ouro na Rio 2016

Maurício Borges trouxe ouro e estímulo ao esporte de AL

Campeão no vôlei quer alagoano no esporte e mais ouro em Tóquio

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De volta à sua terra natal carregando uma conquista inédita para o esporte de um dos estados mais pobres do Brasil, o alagoano medalhista de ouro nas Olimpíadas do Rio 2016, Maurício Borges, trouxe seu exemplo como estimulo à juventude de Alagoas. Aos 27 anos, o ponteiro da seleção olímpica de vôlei que joga profissionalmente na Turquia disse que se orgulha em sempre carregar a bandeira de seu Estado por onde joga. Para o campeão, sua medalha o incentiva a lutar por mais um ouro em Tóquio, em 2020 e deve estimular a juventude à procura pela prática de esportes.

O campeão olímpico demonstrou entusiasmo ao participar da entrega de medalhas aos campeões dos Jogos Estudantis de Alagoas (Jeal) nesta sexta-feira (26), na sede do Governo de Alagoas. Lembrou que teve que deixar o seu Estado rumo a Minas Gerais, com o apoio fundamental da família, para obter a conquista máxima do esporte mundial. Mas também elogiou o governador Renan Filho (PMDB) e seu vice e secretário da Educação Luciano Barbosa (PMDB), ao ser informado de sobre a construção de 30 ginásios e licitação de 37 quadras para a juventude alagoana.

O Diário do Poder, bateu um papo rápido com o atleta alagoano, após ele ter sido recebido e homenageado pelo governador Renan Filho. Confira:

Maurício em Alagoas (Márcio Ferreira)Como está sendo sua recepção em Alagoas, depois e orgulhar o Estado?

Cara, para mim está sendo muito bacana. Estou aproveitando bastante a família que é o mais importante. Fui recebido pelo governador. Foi bacana, uma conversa boa. O governador nos recebeu muito bem.

Como você se sente sendo o primeiro alagoano a ganhar o ouro olímpico?

Cara, deixa eu te falar. A ficha ainda não caiu. Vai caindo aos pouquinhos. Mas, para mim, está sendo inacreditável. Igual como quando eu estava lá no lugar mais alto do pódio. Isso é o fruto de um trabalho de muito tempo, de minha família, meu. É resultado de estar todos os dias ralando, indo para o treino. Acho que isso aí não tem dinheiro que pague. Foi o mais importante.

Qual foi o fator decisivo para você dedicar a vida ao vôlei. Quando o esporte deixou de ser brincadeira de criança na escola?

Sempre foi meu sonho. Não só meu, mas da minha família inteira. Sempre quis ser um jogador de vôlei. Sempre quis jogar uma olimpíada, que é o sonho de todo atleta, que é estar lá no maior evento esportivo do mundo inteiro. Acho que isso é um dos sonhos realizados. Não só meu, mas de uma família, de uma nação e do alagoano que foi buscar o sonho olímpico. Sei de todo o esforço que eu e minha família fizemos para eu poder estar onde estou hoje. Isso foi o que marcou bastante.

Muitos alagoanos não têm o apoio familiar que você teve, nem uma política pública eficaz para se chegar a essa sua conquista. Como você avalia a possibilidade de o esporte mudar a vida do jovem pobre da periferia no teu Estado?

Cara, eu acho que o governador está fazendo muitas mudanças no esporte. A secretaria está construindo mais ginásios. E acho que depois dessa minha medalha vai dar uma melhorada, com certeza. Com essa minha medalha, acho que os jovens vão querer procurar mais esporte, que aqui em Alagoas está desenvolvendo bastante, com o vôlei, o futebol, o tae-kwon-do, a corrida, atletismo. O esporte está indo no caminho. Devagar, mas no caminho.

Depois do ouro olímpico, ainda há metas a serem alcançadas pelo Maurício Borges?

Sempre tem, né? O segundo ouro olímpico, quem sabe, daqui a quatro anos em Tóquio. 

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