Cultura

Massagueira é tema de exposição fotográfica na Ufal

Exposição mostra de forma poética, o que há além da gastronomia

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São apenas dois dias para ver a exposição do projeto Autorretrato Massagueira, que traz fotografias do distrito homônimo de Marechal Deodoro, feitas por adolescentes locais, para a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). No hall da Biblioteca Central, além das imagens, também estão os cinco estudantes de graduação em Design, responsáveis pela curadoria e organização do projeto.

Na exposição, há fotografias de moradores, de seus instrumentos musicais, os de trabalho, suas fontes de renda e da própria renda produzida pelos artesãos da região. Os temas das 30 imagens disponíveis contam histórias de pessoas e seus lugares, que são pouco conhecidas entre aqueles que visitam Massagueira apenas em busca de saborear as delícias servidas nos vários restaurantes, já que lá é conhecido como polo gastronômico.

A exposição se torna uma ótima oportunidade para ver, de uma forma poética, o que há além da gastronomia no local. A intenção inicial das professoras Maria Eduarda Cavalcanti e Mariana Henes de colocar os alunos da disciplina de Fotografia para repassar à comunidade o que aprenderam em sala de aula veio de uma inspiração no projeto Autorretrato Nordeste, do jornalista Waldson Costa.

Com a ideia na cabeça, os estudantes de Design, Thafiny Brás, Marcus Cabral, Marília Calheiros, Jeroan Santos e Thalyta Soares, foram à Massagueira, em janeiro deste ano, e propuseram à direção da Escola Estadual Maria Petrolina de Gouvêa selecionar alunos de 15 a 17 anos de idade para participar de oficinas de fotografias. Elas aconteceram em quatro sábados, com câmeras compactas doadas pelo Autorretrato Nordeste. O resultado foi um olhar diferenciado do distrito.

As imagens foram expostas primeiro na Massagueira, no Restaurante Casquinha de Siri, e os envolvidos projeto notaram que o público ficou impressionado porque não havia percebido tanta beleza no local onde vivia. “Quando a gente foi expor lá na sexta-feira, os moradores ficaram bem entusiasmados, pedindo para que a gente fosse mais, que fizéssemos mais atividades como essa”, relatou Thalyta Soares. (Jhonathan Pino/Ufal)

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