Justiça

Manobra da defesa adia julgamento do assassino confesso de nutricionista

Advogado desiste e julgamento de matador de Renata será dia 26

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Uma manobra do advogado Urubatam da Silva, que defende o assassino confesso Leonardo Lourenço da Silva, acusado de matar a nutricionista Renata de Almeida Sá, em julho de 2014, em Maceió, resultou no adiamento do Tribunal do Júri para a próxima semana.

Abandonar a defesa do cliente é um velho recurso utilizado sobretudo por criminalistas no dia do julgamento que consideram perdido. Com a renúncia à causa provoca o adiamento porque, pela lei, ninguém pode ser julgado sem a assistência de um advogado.

Horas antes de iniciar o julgamento, o advogado comunicou sua desistência ao magistrado, John Silas, da 8ª Vara Criminal da Capital. O juiz indagou o réu, que, claro, disse não ter um substituto para apontar. Um defensor público será convocado para o julgamento, remarcado para segunda-feira (26).

O promotor do caso, Marcos Mousinho, está confiante na condenação do criminoso, que confessou o crime. “Ele não conhecia a vítima e saiu de casa com o intuito de matar alguém. Ele é frio, calculista e, sobretudo, de alta periculosidade", afirmou.

Mousinho comentou ainda a tentativa do antigo advogado de afirmar que o criminoso seria inimputável. “Não foi apresentado nenhum histórico de insanidade mental”, desdenhou o promotor.

Amigos e familiares da vitima estiveram no Fórum para pedir justiça. O pai de Renata, Alfredo Ferro, espera que o bandido seja condenado à pena máxima. Ele lembrou também que Leonardo é reincidente: foi condenado a 49 anos e 11 meses de prisão, mas cumpriu apenas nove. 

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