Tortura

Mais festas com som 'bate-estaca' atormentam moradores do lago sul

Lago Sul é atormentado com festas rave já no 3º fim de semana

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Pelo terceiro final de semana consecutivo, moradores do Lago Sul sofrem com a perturbação de festas de música eletrônica tipo bate-estaca na orla do Lago Paranoá, na região próxima a Ponte das Garças. Como no caso da festa rave no fim de semana passado, com 30 horas ininterruptas de som bate-estaca, os moradores incomodados foram tratados com desdé, quando telefonavam para prestar queixa e pedir ajuda à Polícia Militar ou Ibram (Instituto Brasília Ambiental), que tem o dever de fiscaluzar o respeito ao limite de deciobéis.

Foi um sábado torturante, devido ao som altíssimo da festa chamada "Summer Deep Sunset", na Associação dos Servidores do STJ. Começou sábado à noite e só acabou às 7h da manhã deste domingo. O barulho foi retomado na noite de domingo por outra festa, realizada no Parque Asa Delta, na QL 14, dentro da programação do projeto Água de Março no âmbito do 8º Fórum Mundial da Água.

Na noite de sábado e madrugada de domingo em várias quadras do lago sul não foi possível dormir ou descansar e nem mesmo conversar dentro de casa com janelas fechadas, segundo relato dos moradores. "É a sensação de ter um potente trio-elétrico tocando na porta de casa", relatou um deles.

Na semana passada o terrorismo durou cerca de 30 horas com música estridente em uma festa no Clube da Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade), no Setor de Clubes Sul, que a partir das 6h da manhã foi transferida para o Deck Sul, ao lado da ponte das Garças. Só parou às 3h da madrugada de segunda-feira (12). 

A falta de respeito ao limite de decibéis desrespeita a Lei do Silêncio que controla os decibéis de som ou ruído emitido em todas as regiões da capital. Em áreas mistas, é permitido o limite máximo de 65 decibéis de dia e 55 à noite. Nos domingos, o limite noturno vai até às 8h da manhã. Para comparação, 65 decibéis se assemelham ao ruído de um aparelho de som no volume normal; enquanto 55 decibéis, a um bebê chorando.  A multa para quem descumprir a lei varia de R$ 200 a R$ 20 mil.

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