Profissão perigo

Mais de 50 jornalistas morreram em regiões de fronteira, dois por ano

Foram 20 mortes entre Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (MS)

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Dom Phillips, jornalista vítima de bandidos no Vale do Jaguari - Foto: Gary Calton/reprodução.

A trágica morte do jornalista Dom Phillips, por mais que opositores do atual governo tentem atribuir-lhe a culpa, é fruto do crítico e arriscado exercício da profissão em áreas de fronteira que já vitimaram mais de 50 jornalistas nas últimas décadas, média de mais de dois por ano.

Só na região entre Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (MS), foram cerca de 20 mortes, quase todas de jornalistas que, assim como Phillips, denunciavam a existência de um “estado paralelo” na região. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Ano passado, o jornalista brasileiro Léo Veras, do site Porã News, foi assassinado com 12 tiros dentro de casa, em Pedro Juan Caballero.

A cidade paraguaia tem até monumento em homenagem a jornalistas mortos e é considerada das mais inseguras do mundo para a profissão.

Apesar da PF afirmar que a morte de Dom não o teve envolvimento de traficantes, quem atua na região ainda não descartou essa hipótese.

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