Mais de 100 detentos fogem de presídio em João Pessoa
Criminosos derrubaram portão principal do presídio e trocaram tiros com policiais e agentes
Pelo menos 105 presos conseguiram fugir Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, em João Pessoa, na madrugada desta segunda-feira, 10. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária da Paraíba, Até as 7h50, 33 detentos haviam sido recapturados.
De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal, de mais de 5 metros de altura, que foi derrubado após uma explosão. Durante a fuga, houve confronto com policiais e agentes penitenciários, e um tenente da PM foi baleado na cabeça. Ele está internado em estado grave.
O principal objetivo da ação seria o resgate de quatro integrantes de uma quadrilha que explode caixas-eletrônicos e carros-fortes com atuação em várias regiões do Brasil.
Eles haviam sido presos no mês passado, em Lucena, Região Metropolitana de João Pessoa.
A polícia investiga ainda se os criminosos realizaram ação simultânea para bloquear a rodovia estadual PB-108 — o tenente foi baleado na estrada.
O presídio estava com sua lotação excedida em 4% —com capacidade para 654 presos, estava com 680.
Em 2011, o PB-1 foi um dos dois presídios da Paraíba em que detentos fizeram uma greve de fome por alguns dias devido a regras de entrada de alimentos e para pressionar pela saída do à época novo diretor da prisão, Sérgio Fonseca, considerado linha-dura. Fonseca é hoje o secretário da Administração Penitenciária paraibana.
Naquele ano, denúncias de tortura e maus-tratos nos presídios da Paraíba motivaram visitas de comissões de direitos humanos às prisões.