Para ‘Mamãe Falei’, Silvio Almeida busca limpar a barra de Lula com a militância
Líder do MBL falou ao Diário do Poder sobre o que considera 'absurdo ideológico'
Ameaçado de ser processado pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, por opinar contra a permissão de utilização de banheiros, segundo a identidade de gênero, nas escolas, o líder do MBL, Arthur do Val, afirma que, até o momento, não recebeu notificação da Justiça, e especula que a ofensiva do ministro é um aceno à militância ideológica do PT, reticente pelo recuo de Lula sobre a representação de minorias no STF.
“O ministro Silvio Almeida está mal no cargo, não tem resultado no ministério e tem perdido as narrativas que devia sustentar. Como Lula está desgastado porque não vai colocar uma mulher preta no STF, o ministro deve ter achado que essa é uma ótima oportunidade de mostrar serviço”, avaliou.
Perguntado pelo Diário do Poder sobre a estratégia de negar o efeito prático de resoluções, normativas e documentos afins, usual ao governo Lula, o político concluiu que: “isso é assinar atestado de culpa. É como dizer: a gente fez cagada, mas não vai sujar tanto”.
Sobre o mérito da resolução, o paulista diz que é perigoso relativizar, nas escolas, o que ele classificou como ‘espaços que devem ter fronteiras’, e que a resolução não protege crianças e jovens ao estabelecer que ‘apresentação estética’ e ‘gestual’ são suficientes para definir o banheiro que se deve usar.
“Eu tenho medo. Só não tem medo quem é louco. Ser corajoso não é ser desprovido de medo. É resistir a um governo autoritário”, cravou o político.
O DP questionou à Do Val o que dói mais: “a agressão de um manifestante [fato que acometeu o líder do MBL] ou a ameaça de um ministro?”. Ele respondeu que a ameaça é ‘potencialmente nociva’ pela repercussão do fato na sociedade. “As pessoas passam a ser tolhidas de exercer uma opinião crítica”, arrematou.