Acordo fechado

Governo manobra para adiar votação do novo ensino médio 

A pressão do ministério da Educação sobre a matéria não é bem vista pelos líderes partidários, que defendem a autonomia do parlamento

acessibilidade:
Deputado Mendonça Filho (Foto: Agência Câmara)

Após uma longa quebra de braço com a Câmara sobre a carga-horária da Educação Básica, o governo chegou a um acordo com o relator do projeto que estabelece regras para o ‘novo Ensino Médio’, deputado Mendonça Filho (União-PE).  Os membros das áreas técnicas da Câmara e do Ministério da Educação participaram de uma reunião, ocorrida na manhã desta terça-feira (19), entre Mendonça e o ministro da Educação, Camilo Santana.  Segundo a apuração, o encontro durou longas horas e sintetizou o impasse que se arrastou no Parlamento desde a chegada do projeto, em outubro.

Santana convenceu o deputado a dar tempo a mais uma rodada de negociações sobre a matéria e a a deliberação em Plenário, na Câmara dos Deputados, foi adiada para 2024. Segundo o relator, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) já está ciente do pacto com Santana.

A principal divergência entre Mendonça Filho e o ministro da Educação é sobre o tempo que crianças e adolescentes ficarão na escola. O texto enviado à Câmara pelo MEC prevê a fixação de uma jornada de 2.400 horas no ano letivo, enquanto Mendonça sugeriu 2100 horas.

A reunião entre o ministro da Educação e o deputado ocorreu no dia em que a votação estava prevista. A pressão do ministério da Educação sobre a pauta não é bem vista pelos líderes partidários, que defendem a autonomia do parlamento sobre a agenda de deliberações.

Reportar Erro