Linha 5-Lilás fica R$ 1 bilhão mais cara
Metrô alega dificuldades encontradas em terreno durante obras
Com custo inicial previsto em R$ 4,2 bilhões, a Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo já está em R$ 5,1 bilhões, por causa de uma série de aditivos contratuais entre o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e os consórcios responsáveis pela construção do ramal entre as Estações Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin.
O planejamento do governo era de que as obras seriam finalizadas em 2014, mas já estão a 650 dias sem ter uma estação entregue. Entre o início das obras (em 2011) e este mês, o Estado deve gastar quase R$ 1 bilhão a mais para construir o trecho de 11,5 quilômetros da extensão da Linha 5-Lilás do Metrô, na zona sul da capital.
O Metrô culpa o solo, imprevistos e até investigações. Os engenheiros da companhia dizem que o custo maior envolve dificuldades no subsolo que não foram detectadas na fase de projeto básico, anterior à licitação, por falta de sondagem em terrenos que não haviam sido desapropriados. Isso ocorreu, por exemplo, em uma área com 355 imóveis comerciais e residenciais.
O investimento total, contando outros contratos para a instalação de sinalização e compra de trens, é de R$ 9 bilhões.
O secretário Nacional de Mobilidade do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes, disse, durante audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), temer que as linhas de monotrilho virem “esqueletos” e o modal não seja a “solução mais adequada” para a capital e a região metropolitana. Ele é o responsável por destinar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as obras de mobilidade da gestão Alckmin (PSDB).