Pena sobre contribuinte

Líder da bancada alagoana diz que ‘nova CPMF’ não pode significar aumento de impostos

Proposta tem rejeição de metade dos líderes partidários da Câmara

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Assim como metade dos líderes partidários da Câmara dos Deputados que rejeitam a criação de um novo tributo sobre movimentações de pagamentos e recebimentos, o coordenador da bancada alagoana no Congresso Nacional, deputado federal Marx Beltrão (PSD-AL), alertou que, se for sugerida pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) uma “nova CPMF”, esta não poderá ser traduzida em aumento da carga tributária sobre o cidadão brasileiro.

“De fato, uma nova CPMF, se proposta pelo governo Bolsonaro, não pode representar aumento de impostos e nem penalizar os contribuintes brasileiros. Se recriada, esta modalidade de contribuição não pode nascer com a mesma base do passado. Estamos discutindo uma reforma tributária ampla no Congresso e a ideia de uma nova CPMF não pode ser somente mais um tributo a ser pago pelo cidadão”, disse Marx Beltrão, que foi ministro do Turismo no governo de Michel Temer (MDB).

A ideia do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, compensaria a perda na arrecadação do governo com a redução da cobrança previdenciária sobre a folha salarial das empresas.

A meta de Cintra é que o novo tributo sobre pagamentos seja cobrado não apenas sobre movimentações financeiras – como acontecia com a (CPMF) – mas sobre todo o fluxo de pagamento, incidindo sobre entrada e saída de dinheiro da conta, incluindo todos débitos e créditos.

O secretário da Receita tem buscado apoio no empresariado para emplacar a sua proposta de criação do novo tributo, batizado de Contribuição sobre Pagamento (CP). Ele o considera ideal para a cobrança da nova economia digital.

A assessoria do deputado Marx Beltrão destacou o levantamento do jornal Estado de S. Paulo, que expôs que metade dos líderes partidários da Câmara rejeita o novo tributo. Considerada uma nova CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira) pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a proposta não agrada 15 dos 30 líderes de partidos, incluindo os partidos do chamado Centrão.

Tais líderes que rejeitam a nova CPMF representam 65% da Câmara. Apenas dois líderes, Delegado Waldir (PSL-GO) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), se mostraram a favor. Outros dois disseram estar indecisos e 11 não quiseram responder ao questionamento do jornal.

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