Operação Ulysses

Suspeita de envolvimento em vandalismo se entrega à polícia

Prisão foi em Campos dos Goytacazes, no âmbito da Operação Ulysses

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Manifestantes protestam contra Lula no Congresso Nacional. Foto: Redes Sociais

A Polícia Federal (PF) prendeu na noite desta segunda-feira, 16, Elizângela Cunha Pimentel Braga, alvo da Operação Ulysses, que investiga financiadores e organizadores de atos em Brasília contra o presidente Lula.

A mulher, de 48 anos, se entregou à delegacia da corporação em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Segundo as investigações, a mulher, que é da cidade de Itaperuna, recebeu doações que foram repassadas para os moradores de Campos que estavam acampados em Brasília.

A PF já havia prendido na segunda-feira um homem também que também teria participado dos atos bolsonaristas após o segundo turno das eleições presidenciais, bem como do vandalismo ocorrido no dia 8 de janeiro. A corporação ainda busca um terceiro investigado.

Segundo balanço da PF, houve a apreensão de telefones celulares, computadores e documentos.

A Operação Ulysses tem o objetivo de identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que cruzam o município de Campos, a organização das manifestações em frente aos quartéis do Exército dessa cidade e a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a invasão depredação de prédios públicos no dia 8 de janeiro.

“Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa”, diz a nota da PF.

Os crimes investigados são de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.

Segundo a PF, o nome da operação faz referência à figura do político Ulysses Guimarães.

Desde que o presidente Lula foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.

As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no último dia 8.

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