Legado petista

Lula reclama de grades no Planalto, mas foram ‘obra’ do governo Dilma

Estrutura cercava prédio onde despacha presidente havia mais de dez anos

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Lula fala com jornalistas durante retirada das grades do Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula da Silva (PT) determinou hoje a retirada das grades de proteção em frente ao Palácio do Planalto e ao Palácio Itamaraty. As grades começaram a ser removidas por funcionários do Planalto por volta das 9h desta quarta-feira. O petista aproveitou para aparecer e desceu a rampa da sede do governo no meio da tarde para observar a retirada das grades, que havia 10 anos cercavam o prédio.

“A democracia voltou neste país. O palácio nao precisa estar cercado de grade. Não é que estou inseguro, é que eu tenho certeza absoluta que a democracia não suporta grades. Eu era contra o muro de Berlim, eu sou contra o muro entre Israel e Palestina. Sou contra o muro que o Trump tentava construir no México. E sou contra o muro aqui na frente do palácio”, afirmou Lula a jornalistas.

No entanto, o presidente esqueceu que as grades que feriam o propósito do desenho de Oscar Niemeyer foram colocadas na gestão de Dilma Rousseff, alvo de protestos que acabou em impeachment da petista, como ressalta a coluna do jornalista Cláudio Humberto desta quinta-feira, 11. E nunca mais foram tiradas.

Ele disse ainda que vai reforçar os pedidos para retirar as barreiras de acesso aos palácios da Alvorada e do Jaburu, residências oficiais da presidente e do vice-presidente, com provocação aos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

“Se eu quisesse cercar o povo, não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia. Aquilo [as barreiras de acesso] foi feito em um momento que o PT já não mandava mais no país, na gestão do Temer. Significa que quem faz coisa errada tem medo. Ficou durante toda a gestão do ‘Coisa’ [Bolsonaro]”, falou.

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