Documento de 2018

Laudo apontou problemas no sistema de drenagem da barragem em Brumadinho

Documento atestou estabilidade da estrutura; rompimento já deixou 134 mortos

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Momento do rompimento da barragem de Brumadinho.

O laudo de vistoria feito no ano passado pela empresa alemã Tüv Süd atestou a estabilidade da barragem I da Mina do Córrego do Feijão, que rompeu em Brumadinho no dia 25 de janeiro deste ano, deixando 134 mortos até a noite desta segunda (4).

No entanto, o documento apontou problemas no sistema de drenagem da estrutura. A vistoria identificou um dreno seco e outros que continham rachaduras de onde vazava água.

O laudo recomendou ainda a instalação de novos equipamentos que medem a pressão e o nível da água do solo, o piezômetro, além de um mecanismo que fizesse registros sismológicos do local.

Também de acordo com o documento, a mineradora Vale deveria impedir detonações próximas à região da barragem, evitar o uso de equipamentos pesados, e impedir a elevação do nível de água.

Omissão

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Tempo na última terça (29), a Vale teria omitido falhas em equipamentos de segurança da barragem em um estudo apresentado ao governo de Minas Gerais no ano passado.

Os problemas teriam sido detectadas em 2015 por consultora contratada pela mineradora. Foram apontados danos em equipamentos que medem a quantidade de água dentro da barragem — problema semelhante aos detectados na barragem do Fundão, que se rompeu em Mariana.

Mesmo assim, a barragem foi avaliada como “em condições adequadas de segurança”. O reparo dos equipamentos foi aconselhado como imediato, mas não foi possível constatar o reparo ou não já que as informações não estavam no relatório entregue no ano passado.

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