E-commerce e mobilidade

Já parou pra pensar que comprar pela internet ajuda a melhorar o trânsito?

Tempo perdido em filas, procurando vagas para estacionar, indo e voltando das lojas... Motivos não faltam para resolver tudo no clique

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Como já é de praxe, basta chegar o final do ano para as lojas ficarem lotadas de pessoas que correm em busca dos mais diversos itens para presentear amigos e familiares nas confraternizações de Natal. Por consequência, o que se vê nas ruas são vias ainda mais congestionadas do que de costume, com carros disputando vagas para estacionar, engarrafamentos quilométricos, superlotação nos transportes públicos e aglomerações de pedestres que, ainda que indiretamente, acabam tornando o trânsito de pessoas e de veículos ainda mais caótico.

No entanto, o avanço da tecnologia vem mudando esse cenário e, consequentemente, o comportamento do consumidor. Afinal, com uma rotina cada vez mais atribulada e pouco tempo para conseguir realizar tantos compromissos, as pessoas veem, na internet, uma maneira rápida e prática de tirar alguns afazeres da frente. E comprar os presentes de Natal é um deles!

De acordo com um relatório feito pelo Instituto Nielsen, que recentemente comprou a Ebit, empresa especializada em dados do comércio eletrônico, o e-commerce brasileiro faturou, só no primeiro semestre desse ano, cerca de R$ 23,6 bilhões em mais de 54,4 milhões de pedidos. A expectativa é que o setor feche 2018 com faturamento de R$ 54,3 bilhões, número que corresponde a 12% de aumento em relação a 2017.

Ainda nesse contexto, a Criteo S.A. divulgou recentemente o estudo Análise do E-commerce no Mundo, que avalia dados de navegação e compra de cinco mil varejistas em mais de 80 países. O estudo indicou que, no primeiro trimestre desse ano, as transações feitas via mobile correspondem a 50% de todas as vendas online do Brasil.

Segundo Viviane Chaves, gerente de estratégias e marketing do Instituto Mobih, é possível identificar, a partir desses dados, que o consumidor está cada vez mais conectado e preocupado com sua comodidade. ”A facilidade que os dispositivos móveis oferecem possibilita maior liberdade na hora de decidir as compras e planejar a agenda, que passa a ter algumas horas livres que, antes, seriam usadas para o deslocamento até o shopping ou determinada loja – sem contar o tempo o tempo gasto para estacionar o carro e esperar na fila do caixa, por exemplo”, afirma.

As cidades são as principais beneficiadas com os efeitos dessa mudança de comportamento, já que, comprando pela internet, muita gente deixa de se deslocar e, assim, o fluxo de veículos e pessoas nas ruas diminui. Em contrapartida, é preciso levar em conta que as compras feitas pela internet precisam, de alguma forma, chegar à casa dos clientes. “A partir dessa perspectiva, a logística das entregas das compras online deve ser reinventada. Caso contrário, os problemas citados não deixaram de existir. Atualmente, algumas empresas ao redor do mundo já usam drones no processo de entrega de mercadorias. A tendência é que essa modalidade seja realidade aqui no nosso país”, finaliza Viviane.

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