Operação Dubai

Investigação mostrou que distribuidoras sabiam do cartel no DF

Cartel aumentava ainda mais o etanol para torná-lo inviável

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A Polícia Federal informou em nota que as duas maiores distribuidoras de combustível do País – BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e Ipiranga – “sabiam do cartel e estimulavam a fixação artificial de preços dos combustíveis”, no Distrito Federal, com a participação dos executivos.

A Operação Dubai, deflagrada pela PF nesta terça-feira (24), é uma referência à cidade-estado do Golfo Pérsico que enriqueceu graças à exploração das reservas naturais de petróleo e gás.

A investigação mostrou que a estratégia do grupo cartelizado de postos de combustíveis no DF era tornar o etanol economicamente inviável para o consumidor, mantendo o valor do combustível superior a 70% do preço da gasolina – mesmo durante o período de safra.

“O cartel forçava os consumidores a adquirir apenas gasolina, o que facilitava o controle de preços e evitava a entrada de etanol a preços competitivos no mercado”, informou a PF. “De forma simplificada, a cada vez um consumidor enchia o tanque de 50 litros – já que cada litro da gasolina era sobretaxada em aproximadamente 20% – o prejuízo médio era de R$ 35.”

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