Hospital das Forças Armadas abre sindicância contra médicos suspeitos
Médico é apontado como um dos mais atuantes no esquema
Apontado como um dos médicos do esquema investigado pela Operação Mr. Hyde, Rogério Gomes Damasceno é alvo também de uma sindicância no Hospital das Forças Armadas (HFA), no Cruzeiro, onde trabalha há 14 anos. A unidade de saúde vinculada ao Ministério da Defesa iniciou a apuração interna a pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), após uma possível ligação de profissionais do HFA com a Máfia das Próteses – fraude com órteses e próteses vencidas e cirurgias desnecessárias. Rogério chegou a ficar preso temporariamente por cinco dias.
A promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida) encaminhou documentos e áudios de conversas à direção da instituição hospitalar para encorpar a investigação. Em trechos das gravações feitas pela Polícia Civil, Rogério se refere a escolhas de “comportamento” adotado no HFA. “Ele fez comentários sobre procedimentos realizados no hospital”, detalha o promotor Maurício Miranda.
O suspeito ingressou em abril de 2002 no quadro de funcionários do Hospital das Forças Armadas como médico classe D. Em julho de 2009, ele ganhou uma promoção e passou para classe A. A remuneração do profissional, de acordo com levantamento do Portal da Transparência do Governo Federal, chegou a R$ 15.286,48, em setembro, dado mais recente divulgado, segundo o jornal Correio Braziliense. A carga horária dele é de 20 horas semanais na neurocirurgia. A defesa do médico não comentou o caso.