Alerta

Hospitais privados de SP têm aumento na taxa de ocupação de UTIs de covid

Nos últimos 15 dias, o índice passou de 79% para 85%, segundo o SindHosp

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Com variante ômicron, estados registram alta em internações na UTI. Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará

Segundo levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), subiu de 79% para 85% a taxa de ocupação acima de 80% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais privados para pacientes com Covid-19, entre 30 de abril e esta terça-feira, 18.

Outros 39% possuem ocupação de leitos de UTI Covid entre 91 e 100% e 46% das instituições estão com a taxa de ocupação de 81% a 90%.

O presidente do SindHosp, o médico Francisco Balestrin, afirma que o ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 no país preocupa, pois obriga a rede de saúde a ficar em estado de alerta para um novo aumento de casos.

“A única alternativa possível para diminuir as internações por Covid-19 é que a população mantenha os protocolos de segurança (máscara, lavagem de mãos e distanciamento social). Os hospitais precisam de tempo para se reorganizarem a fim de se prepararem para receber novos doentes”, explica Balestrin.

Falta de estoque de “kit intubação“

Os hospitais também estão com falta de estoque de medicamentos do chamado “kit intubação“ devido à lentidão na reposição pela indústria nacional. Parte dos hospitais está importando fármacos de outros países, o que também demanda mais tempo.

O levantamento do sindicato aponta que cerca de 58% das instituições possuem remédios armazenados para os próximos 10 e 15 dias. Destes, 24% têm reserva para 10 dias e 34%, para 15. Em relação à estocagem para os próximos meses, 31% dos hospitais têm medicamentos suficientes para até um mês e apenas 3% para mais de um mês.

Nos últimos 10 dias, 86% das instituições apontaram um aumento no preço dos remédios. Em 31% dos casos, o aumento informado foi de até 100%, enquanto 36% registraram alta superior a 100%. Em relação ao estoque de oxigênio, 51% dos hospitais têm reserva para 15 dias, 28% para até um mês e 7% para mais de um mês.

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