CAOS NA SAÚDE

HGE volta a superlotar e prejudicar o Samu por falta de macas, em Alagoas

Ambulâncias ficam presas no HGE, esperando devolução de macas

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HGE vê caos com naturalidade (Foto: Tatianne Brandão/Gazetaweb)Principal unidade de emergência do Estado de Alagoas, o Hospital Geral do Estado (HGE) amanheceu superlotado nesta segunda-feira (21), inviabilizando o socorro a novas vítimas pelas ambulâncias que se amontoam desde ontem (20), diante das áreas vermelhas e azul da unidade de emergência, à espera da devolução das macas em que os pacientes aguardam pela disponibilização de leitos.

Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tiveram que se deslocar até o HGE para substituir as equipes e a situação prejudicou o atendimento à população, porque o serviço chegou a ficar com apenas duas de suas ambulâncias funcionando.

Usuários que não chegam de ambulância também sofrem com ausência de macas para atendimento, a exemplo de um homem com problemas cardíacos que chegou ao HGE nesta segunda-feira.

O problema acontece com frequência, às segundas-feiras, enquanto o governo de Renan Filho (MDB) foca os recursos do Estado de Alagoas na construção de novos hospitais, sem prever as novas despesas no orçamento aprovado para este ano eleitoral.

A assessoria do HGE tratou o problema com normalidade, após os finais de semana, com o argumento de que o setor de regulação da unidade de saúde, responsável por fazer a liberação e entrada dos usuários, não funciona aos sábados e domingos. E garantiu que já regularizou a situação das ambulâncias que esperavam por macas. Além de sinalizar que novos hospitais na capital e no interior irão solucionar os problemas, bem como uma reforma prevista para o HGE, que inclui a chegada de equipamentos, inclusive macas e camas para novos leitos.

Leia a nota do HGE:

O Hospital Geral do Estado (HGE) recorda que tem por característica ser de urgência e emergência, 100% Sistema Único de Saúde (SUS), único em Alagoas referência no atendimento de média e alta complexidade a vítimas de queimaduras, doenças coronarianas e vasculares, Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumas, ortopedia e pediatria – dia e noite. Com todo este grau de complexidade assistencial, sempre com suas portas abertas, é possível que a demanda ultrapasse o limite de acomodações, entretanto, todos recebem atendimento, ainda que este seja referenciado aos municípios.

Sobre o movimento de ambulâncias nas entradas das áreas Vermelha e Azul, o HGE explica que o fluxo de veículos acontece normalmente, podendo aumentar ou diminuir conforme a busca dos usuários pela assistência prestada nos postos de saúde, unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Esses serviços, quando identificam o perfil de média e alta complexidade, em qualquer dos 102 municípios, encaminham o enfermo ao HGE através de suas ambulâncias, que podem ficar estacionadas conforme a natureza e emergência do atendimento.

Entretanto, vale recordar que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) adquiriu, com recursos próprios, somente em 2017, 40 novas ambulâncias e outras 20 foram concedidas pelo Ministério da Saúde, culminando na modernização de 100% da frota do Samu. Ainda assim, o Governo de Alagoas está sensível nos esforços diários dos servidores do maior hospital público de Alagoas e têm estudado soluções que possam ajudar na qualidade do serviço, como a reestruturação dos hospitais em funcionamento, a exemplo das unidades em Arapiraca e Santana do Ipanema, e construção de novos hospitais em Maceió, Porto Calvo, União dos Palmares e Delmiro Gouveia. No HGE, uma rotina de monitoramento 24h está sendo montada, objetivando evitar transtornos. Neste exato momento todas as ambulâncias já foram liberadas.

Ao mesmo tempo, um projeto de reforma e expansão do Hospital Geral do Estado Professor Osvaldo Brandão Vilela está em andamento processual. Nele, estão contemplados aperfeiçoamentos estruturais, construção de novas alas de internação, chegada de novos equipamentos (inclui-se também as macas e camas), melhorias no transporte intra-hospitalar e outras organizações que visam agilidade no socorro e conforto.

(Com informações da Gazetaweb)

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