Greve de funcionários de empresa de ônibus prejudica mais de 100 mil pessoas no DF

Trata-se do pagamento a ser feito hoje, com um dia de atraso, de 40% dos salários de setembro

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Foto: Rovena Rosa/ABr

Mesmo com a promessa de que até as 10h na manhã desta segunda-feira (21) seria realizado o adiantamento de 40% do salário de setembro, previsto para ontem (20), os rodoviários da empresa Marechal resolveram fazer greve. Como estava previsto, o crédito nas contas foi feito logo após as 9h.

A paralisação prejudica mais de 100 mil passageiros das cidades de Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras e Guará, as mais populosas de todo o Distrito Federal.

O pagamento foi viabilizado pela decisão do governo do DF de antecipar o pagamento dos subsídios mensais transferidos às empresas para indenizar o transporte de passageiros.

O “atraso” foi provocado pela grave crise financeira das empresas. É que, durante a pandemia, as empresas foram obrigadas a manter 100% da operação, mas o movimento de passageiros caiu mais de 60%.

A queda da demanda de passageiros provocou o desequilíbrio financeiro das empresas. O governo do DF tentou indenizar parte dos custos de combustível e mão de obra, mas foi impedido por decisão judicial.

A crise provocou prejuízos acumulados de mais de R$400 milhões e consumiu reservas e toda a capacidade das empresas de manter em dia os salários.

O problema foi noticiado em primeira mão pelo Diário do Poder na quarta-feira (16). Na ocasião, o ex-ministro Valter Casimiro, secretário de Transportes e Mobilidade, disse que o governo do DF buscava soluções para o problema, inclusive se reunindo com representantes do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

No sábado, uma solução temporária foi encontrada, com a transferência de adiantamento de recursos, a fim de que a empresa pagasse o adiamento de 40% dos salários dos rodoviários.

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