Governo libera recursos para tratar pacientes com sequelas da Covid
Verba será encaminhada aos estados e DF e gestores locais destinarão recursos às áreas de necessidade
O governo federal abriu, nesta quarta-feira (16), duas verbas que serão destinadas à Atenção Primária à Saúde para o tratamento de pacientes que apresentam sequelas da Covid-19.
O recurso foi liberado por meio de duas portarias, a primeira refere-se ao montante de R$ 160 milhões para tratamento de sintomas pós-coronavírus.
A segunda portaria destina 263 milhões para 2,1 mil Centros de Atendimento para o Enfrentamento à Covid-19 e 82 centros comunitários, localizados em 21 municípios.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 30% a 75% das pessoas que foram contaminadas pelo coronavírus apresentam sintomas após a doença ter sido curada.
As principais sequelas são cansaço, falta de ar, dor torácica, perda de paladar e olfato, alterações de memória, ansiedade e depressão.
Os gestores de cada estado darão destinação à verba de acordo com as necessidades locais, podendo aplicar na contratação de profissionais, adquirir materiais e até construir novos espaços de tratamento.
Para o ministro Marcelo Queiroga, o país tem se recuperado mais rapidamente da onda de contaminações causadas pela variante ômicron, em relação às cepas anteriores.
“Já assistimos uma estabilização do número de casos da variante ômicron com a tendência de queda. A média móvel de casos ainda é de 800 casos por dia. Nós não queremos essa média, mas se lembrarmos da variante Gama, houve dias com mais de 3 mil casos de média móvel. Sem dúvida avançamos muito”.
Queiroga também avaliou que a rede de saúde está conseguindo suprir as necessidades do país, cenário diferente dos momentos anteriores, quando a pandemia explodiu no mundo.
“Nosso sistema de saúde tem dado as respostas, seja na atenção primária, seja na atenção especializada. Não experimentamos, como foi nas outras ondas, colapso no sistema de saúde e isso se deve ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde durante a pandemia de covid-19”, disse o ministro.