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Governo do Maranhão bancou diárias para Dino dar entrevistas em São Paulo

Comunista omite agenda oficial e usa diárias exclusivamente para entrevistas à imprensa

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Em seu esforço de manter-se sob os holofotes da imprensa, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), recebeu em 2019 ao menos duas diárias do estado, com utilização exclusiva para entrevistas do comunista para programas de televisão na cidade de São Paulo (SP).

O Governo do Maranhão pagou R$ 1.386,00 por viagem, segundo o levantamento do site Atual7 no Portal da Transparência. Dino recebeu as diárias em setembro de 2019, para conceder entrevistas aos programas Canal Livre, da Band, e Roda Viva, da TV Cultura.

No início de outubro, houve um estorno de R$ 4.158,00 em diárias que chegaram a ser empenhadas, em setembro, para “agenda de imprensa na Globo News e em O Globo”, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Diárias para entrevistas à imprensa misturadas a eventos institucionais também foram registradas no Portal da Transparência do Estado do Maranhão. Um exemplo são os R$ 2.310 em diárias pagas a Flávio Dino em 28 de março de 2019, para o governador comunista viajar para São Paulo e Rio de Janeiro, com objetivo de visitar ao jornal Valor Econômico; debater com blogueiros e jornalistas; participar do talk show de abertura do Encontro GRI PPPs e concessões 2019; e para ministrar Palestra na Plenária Brasil: Nação Protagonista.

Os eventos com a imprensa foram omitidos da agenda oficial referente a esta data, que registra apenas os últimos compromissos institucionais.

A agenda institucional voltou a ser misturada com encontro com a imprensa em outubro, quando o governador maranhense deu entrevista ao Metrópoles, em Brasília (DF). Uma justificativa para o pagamento de diárias no valor de R$ 1.386,00. As informações não pudera ser cruzadas com os compromissos oficiais do governador, porque Dino segue contramão da transparência pública, ocultando sua agenda oficial.

A utilização de dinheiro público em diárias para finalidade particular caracteriza, em tese, improbidade administrativa e crime de peculato, passíveis de afastamento do cargo e prisão, respectivamente. (Com informações do Atual7)

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