Rompimento

Além de expulsar a Sanoli, governo só pagará dívida se a Justiça mandar

Ibaneis Rocha está indignado com a empresa que usava comida de hospital para pressionar o governo

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Osnei Okumoto, secretário de Saúde do governo do Distrito Federal - Foto: Agência Brasília.

Além da decisão de expulsar do governo do Distrito Federal a empresa Sanoli Indústria e Comércio de Alimentação Ltda, responsável pela alimentação de hospitais públicos, o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou ao Diário do Poder, na noite desta quarta-feira (22), que somente pagará mediante ordem judicial os R$42 milhões de dívidas supostamente remanescentes de governos anteriores.

Com a decisão, o contrato de fornecimento de alimentação para hospitais públicos deve ser executado pelas empresas que participaram que perderam a licitação para a Sanoli, que, derrotada, recorreu à Justiça para impedir as outras empresas de assinar o contrato com a Secretaria de Saúde.

O contrato com a Sanoli foi cancelado por ordem de Ibaneis, após a empresa suspender várias vezes a comida que deveria fornecer aos hospitais públicos para pressionar o governo do DF a pagar a dívida de gestões anteriores. Além de manter em dia os pagamentos à empresa relativos a 2019, o governo vinha amortizando a dívida. Mas restaram dúvidas sobre a legalidade e legitimidade sobre o que ainda é reclamado.

O contrato foi cancelado por meio do o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, rompeu o contrato por considerar que a suspensão frequente no fornecimento de alimentos configura caso claro de “inexecução contratual”. A Sanoli prestava esse serviço há mais de três décadas. Com isso, o contrato será oferecido a duas empresas que se classificaram em seguida, pela ordem, na licitação.

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