GDF quer aumentar taxa de iluminação pública em 32%
Governo tem pressa: Câmara tem um mês para votar o projeto
O secretário de Relações Institucionais do DF, Marcos Dantas, tem a difícil tarefa de convencer os deputados distritais a aprovarem a proposta de reajuste da taxa de iluminação pública. O Governo do Distrito Federal tem urgência em aprovar o aumento de 32,5%. A oposição já deixou claro que vai trabalhar para que o projeto não seja aprovado na Casa. Segundo Dantas, o GDF está aberto a uma negociação.
Os brasilienses já passaram por dois aumentos na energia elétrica este ano. Em março, o reajuste foi de 24,1%. No fim de agosto, o aumento foi de 18,26%. O questionamento feito pela população é a falta de qualidade nos serviços, que não justificam a mudança.
Em entrevista ao programa Gente Brasília, da rádio BandNews FM, o secretário concordou que o momento não é propício para propor aumentos. Mas defendeu que não há como o governo arcar com as despesas sozinho. “O custo da energia encareceu. Não tem como tirar recurso do Tesouro para cobrir a taxa. O tributo é vinculado, vai retornar para a CEB fazer investimentos”, disse Dantas.
Dantas explicou que, com a mudança de equipe na CEB, a perspectiva é de melhora na qualidade. Segundo ele, o trabalho de melhoria já está sendo realizado. “Se não houver reajuste, invibializa a CEB. Existe um programa de melhoria, expansão, projetos audaciosos. A gente entende a crise, mas tem certos custos que não podemos arcar sozinhos”, disse.
O projeto foi encaminhado à Câmara Legislativa com prazo de cerca de um mês para ser discutido e tramitado. “Temos um mês para fazer essa discussão. É fundamental para manter a empresa, que precisa melhorar o índice de qualidade. O serviço tem apagões, dificuldades. Não temos recurso do Tesouro para colocar na iluminação pública”, reiterou.
Greve da Polícia Civil
O secretário comentou a paralisação dos agentes da PCDF. Segundo ele, o GDF vem fazendo reuniões com representantes do governo federal, mas adiantou que não há como contratar novos servidores no momento. “A gente concorda, mas estamos atravessando um momento difícil, impedidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse. A categoria parou nesta terça-feira (1º/9) e não tem prazo para voltar ao trabalho.