Dia que o DF parou

GDF não faz pagamentos e servidores param

A crise vai piorar nesta quarta-feira com a paralisação dos 30 mil terceirizados

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A terça-feira (9) começou conturbada para os moradores do Distrito Federal.  O caos se implantou em diversas áreas, como se não bastasse à greve dos rodoviários que ainda prejudica a vida de milhares de passageiros, os servidores da saúde entraram greve nesta manhã, juntamente com os 43 mil professores e orientadores da rede pública. Todas as paralisações têm a falta de pagamentos, como base das reivindicações.

Pela manhã, servidores revoltados com o descaso, se organizaram e tentaram invadir o Palácio do Buriti, com cartazes e gritos de protestos, chegaram a subir a rampa do Buriti. De acordo com a Polícia Militar participaram do protesto cerca de 2 mil pessoas.

Os docentes da rede pública exigem o pagamento de salários que deveriam ter sido feitos na sexta-feira (5), ao todo são mais de 50 mil servidores, aposentados e na ativa, que estão sem receber. Existe também a dúvida do recebimento do 13º salário.

A greve prejudica os alunos que estão em semana de provas bimestrais. O término do ano letivo será no dia 22 de dezembro. As creches também fecharam as portas e muitos pais estão sem ter onde deixar seus filhos para poder trabalhar. Cerca de 500 empregados dessas instituições estão com seus salários e 13º atrasados. A expectativa é que a dívida de R$ 3,7 milhões seja liquidada amanhã, assim as aulas voltarão ao normal.

A crise também afetou a cultura, em protesto 17 artistas da cidade se acorrentaram dentro do gabinete do secretário de Planejamento, Paulo Antenos de Oliveira, e só saíram de lá depois que foram atendidos. Os manifestantes pleiteiam pelo repasse de verbas para o Fundo de Apoio à Cultura (FAC), e o governo tem o prazo limite, até a próxima segunda-feira (15), para empenhar os 250 projetos que já foram analisados e aprovados por meio de editais do FAC. Existe também atrasos nos salários de artistas contratados diretamente pela Secretaria de Cultura, somente com o cachê o débito é de R$ 6 milhões.

A situação no Distrito Federal tende a piorar nesta quarta-feira (10), pois os 30 mil servidores terceirizados das áreas de recepção, merendeiras, limpeza, conservação entre outras atividades, que prestam serviços nas escolas, hospitais, administrações regionais e nos mais diversos órgãos do GDF vão para suas atividades. A classe também reivindica o recebimento de salários, tíquete alimentação e vale transporte atrasados.

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