Orla do Paranoá

GDF garante que há um plano para ocupar orla do lago

Secretário não dá prazo, mas diz que GDF fará obras na orla

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Após anos de impasse, a orla do Lago Paranoá finalmente começou a ser desocupada. A primeira região fica na QL 12 do Lago Sul, na Península dos Ministros. Mansões à beira do lago tiveram parte do terreno liberada para o uso público. De acordo com a lei, pelo menos 30 metros, a partir da margem, devem ser desocupados. A ação do governo envolve quatro etapas. Nesta primeira, serão desocupados 47 terrenos na QL 12 do Lago Sul e na QL 2 do Lago Norte.

Em entrevista ao programa Gente Brasília, da Rádio BandNews, o secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade, explicou que o trabalho não foi feito sem um planejamento. O medo de moradores é a falta de segurança ou que o espaço fique “largado”. Andrade garante que há um plano de desocupação que envolve 15 órgãos do governo. Após essa etapa, no pós-desocupação, estão envolvidos 35 órgãos. “Vai desde a remoção até a iluminação, roçagem, plantio de novas gramas. Mas depende do aval ambiental, tem que obedecer a legislação”, disse.

"O GDF está preocupado. Existe um plano de policiamento extensivo e estratégico. A região é segura e a devassidão ou não do lote cabe ao morador assegurar. Alguns se adiantaram e recolocaram a cerca nos locais indicados. As casas já tinha acesso público, pois não é condomínio. Então é um problema de segurança que está sendo tratado da mesma fora que os demais", afirmou Andrade.

Segundo o secretário, o plano foi elaborado em março, foi revisado e está em curso. “Ontem foram feitas remoções de entulho, uma piscina foi aterrada, outras piscinas estão sendo cercadas, pois não podem ficar ativas em área pública. O acordo judicial estabelece o estudo ambiental feito in loco, indicando a medida que deve ser desenvolvida nos próximos anos. Tem que ser feita lote a lote”, explicou.

Segundo Andrade, a QL 12 do Lago Sul e a QL 2 do Lago Norte foram escolhidas porque são áreas de grandes terrenos. “Com poucas liberações já teria grande parte liberada. Isso é planejamento estratégico. A segunda etapa envolve 16 pontos públicos. O primeiro passo é franquear o acesso, cuidar da remoção. Posteriormente, com oaval do Ibram, um plano de ação específico”, disse.

O secretário explica que a população deve ser ouvida para ajudar a construir a forma de gestão participativa. “Vamos ver com a comunidade os usos mais adequados. Há a intenção de ligar com ciclovia, uma grande orla conectada. Os grandes polos serão ligados. Os pontos de acesso serão debatidos com a comunidade, como o horário de acesso”.

Casas na beira do lago

Casas construídas a menos de 30 metros da margem não serão demolidas. Segundo o secretário, todas estão escrituradas, mas algumas medidas poderão ser tomadas. “Só nas últimas etapas o estudo vai dizer o que cada um (dono do terreno) deverá fazer. Isso inclui clubes e mansões. A postura ética e compromisso são os mesmos. Área Pública é área pública”, completou Thiago de Andrade.

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