Ação integrada

Forças Armadas combatem incêndio no Pantanal e delitos ambientais na Amazônia

Prossegue combate a focos de incêndio que atingem o Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

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O Ministério da Defesa, por meio das Forças Armadas, deu continuidade ao combate a focos de incêndio que atingem o Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. E segue atuando contra delitos ambientais na Amazônia Legal.

Em parceria com agências federais e estaduais, integrantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica também empregam aeronaves que transportam brigadistas e despejam água, durante os sobrevoos, para conter as chamas.

Na sexta-feira (14), as ações se concentraram no combate a focos de incêndio na região de Bodoquena e Reserva Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul. Também foi realizado, mais uma vez, o combate a focos de incêndio em Poconé, no estado vizinho. Ainda na área do Hotel SESC Pantanal, foram realizados 12 lançamentos de água por aeronave Air Tractor, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso. O 6º Distrito Naval, localizado em Ladário, Mato Grosso do Sul, realizou, ainda, reconhecimento aéreo, por meio de helicóptero UH-12, da Marinha, nas localidades de Poconé e Corumbá, Mato Grosso do Sul.

As ações de apoio contam com 393 pessoas, sendo militares, brigadistas e civis, e com o emprego de cinco aeronaves das Forças Armadas em voos de reconhecimento, transporte de militares/brigadistas e lançamentos de água.

Operação Pantanal

As Forças Armadas atuam, desde o dia 25 de julho, no combate a incêndio no Pantanal sul-mato-grossense. No dia 5 de agosto, as ações foram estendidas ao Pantanal mato-grossense. O Ministério da Defesa atende à solicitação recebida pelos dois estados.

O Centro de Coordenação da Operação está instalado no aeródromo do Sesc Pantanal, em Poconé (MT), ponto estratégico para o emprego dos meios. Participam da operação embarcações e helicópteros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de Fuzileiros Navais com curso de incêndio florestal.

Apreensão de embarcações

O Comando Conjunto Amazônia (CCjA) continuou, na sexta-feira (14), ações de inspeção naval em diversos rios, que passam por várias localidades dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa tarefa, são empregados meios do 9º Distrito Naval e das capitanias e agências. O 54º Batalhão de Infantaria de Selva (54º BIS) prosseguiu em apoio ao Ibama no combate a incêndios florestais, e permanece ocupando Base Operacional na localidade de Apuí, Amazonas. Ao todo, foi contabilizada a inspeção de 64 embarcações, sendo que sete delas foram autuadas em Manaus e Itacoatiara, ambas no estado amazonense. Três foram apreendidas.

Em outra atividade, o Comando Conjunto Norte (CCjN), por meio do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS), mantém-se ocupando a base no município de Canaã dos Carajás, Pará, onde realizou combate a três focos de incêndio na região da Serra Sul, no mesmo estado. Nessa mesma região, foi realizado novo voo de reconhecimento, com um helicóptero da Vale do Rio Doce, a fim de verificar a atual situação da propagação dos focos de incêndio. O 52° BIS permanece fornecendo o suprimento de água para os meios aéreos da Vale do Rio Doce, que também estão engajados nas ações de combate a incêndios.

Em diversos rios, foram realizadas ações de inspeção naval, abrangendo várias localidades dos estados do Amapá, do Pará e do Maranhão, com emprego dos meios do 4º Distrito Naval. No total, foi contabilizada a inspeção de 72 embarcações, das quais 12 foram autuadas em Santana, Amapá, Imperatriz, Maranhão, Belém, Moju, Breves e Gurupá, no Pará, sendo que cinco delas foram apreendidas no município de Santana.

Os agentes ainda apreenderam 15 metros cúbicos de madeira, em quatro madeireiras fiscalizadas, no município de Uruará, também no Pará, além de ferramentas diversas de serraria, um caminhão, cinco dragas e 500 litros de combustível. Foram aplicadas multas no valor de R$ 420 mil.

Já o Comando Conjunto Oeste (CCjO) apoiou ações de fiscalização realizadas por agentes do Ibama e da Força Nacional de Segurança Pública. Eles atuaram contra crimes ambientais e no levantamento de áreas com queimadas nas localidades de Querência e Juína, em Mato Grosso.

Resultados

Desde a deflagração da Operação Verde Brasil 2, em 11 de maio, militares e agentes de órgãos parceiros realizaram 23,6 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações, das quais 570 foram apreendidas. Nos postos de bloqueio e controle de estradas, foram retidos 211 veículos por irregularidades. Volume superior a 28,4 mil metros cúbicos de madeira ilegal também foi confiscado, bem como apreendidas 785 máquinas de serraria móvel, tratores, maquinário de mineração, balsas, dragas e acessórios. Até o momento, mais de R$ 443,1 milhões foram aplicados em multas e termos de infração.

Operação Verde Brasil 2

A Operação Verde Brasil 2 é coordenada pelo Ministério da Defesa. Está no escopo do Conselho Nacional da Amazônia (CNA), conselho regulado pela Vice-Presidência da República em apoio aos órgãos de controle ambiental e de segurança pública. A missão deflagrada pelo Governo Federal, em 11 de maio de 2020, visa ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal.

A determinação presidencial para emprego das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicada no Diário Oficial da União por meio do Decreto n° 10.341, de 6 de maio de 2020. Em 9 de julho, a GLO foi renovada até 6 de novembro, por meio do decreto presidencial 10.421.

Para cumprir a determinação presidencial, o Ministério da Defesa ativou três Comandos Conjuntos. São eles: Comando Conjunto Norte (CCjN), Comando Conjunto Amazônia (CCjA) e Comando Conjunto Oeste (CCjO). O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da FAB, dá suporte às ações aéreas, em caráter permanente.

Assim como na Operação Verde Brasil ocorrida em 2019, o Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa coordena as atividades a partir da capital federal. Ainda participam da missão integrantes da Polícia Federal, Policia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). (Com informações dos Comandos Conjuntos)

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