Mercado de trabalho

Falta emprego para mais de 27 milhões de pessoas no Brasil

Taxa de subutilização da força de trabalho é de 24,7%, segundo o IBGE

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carteiras de trabalho abertas sobre uma mesa branca
Os dados são de um levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foto: Agência Brasil.

Falta trabalho para um total de 27,7 milhões de brasileiros, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada nesta quinta (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre deste ano, a taxa de subutilização da força de trabalho chegou aos 24,7%. Desde o início da série história da PNAD Contínua, em 2002, essa é a maior taxa já registrada. No último trimestre de 2017, a taxa de subutilização ficou em 23,6%, o que representa um total de 26,4 milhões de brasileiros. Desde então, a falta de trabalho atingiu mais 1,3 mil pessoas.

Os maiores índices estão na Bahia, com 40,5% de subutilizados; seguido por Alagoas (38,2%) e Maranhão (37,4%). As menores taxas estão nos estados de Santa Catarina, com subutilização de 10,8%; no Rio Grande do Sul (15,5%), Mato Grosso (16,0%) e Paraná (17,6%).

Onde estão os trabalhadores subutilizados:

– 13,7 milhões de desocupados, ou seja, desempregados;

– 6,2 milhões de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais;

– 7,8 milhões força de trabalho potencial, ou seja, aqueles que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar.

Desocupados e desalentados

A taxa de desocupação também registrou aumento em relação aos resultados do quarto trimestre do ano passado. Todas as regiões tiveram crescimento em suas taxas: Norte (de 11,3% para 12,7%), Nordeste (de 13,8% para 15,9%), Sudeste (de 12,6% para 13,8%), Sul (de 7,7% para 8,4%) e Centro-Oeste (de 9,4% para 10,5%).

As cidades que registraram as maiores taxas de desocupação foram Amapá, com 21,5%; Bahia, que atingiu os 17,9%; seguido por Pernambuco (17,7%), Alagoas (17,7%) e Maranhão (15,6%). Santa Catarina teve uma das menores taxas, com 6,5%, assim como Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato Grosso (9,3%).

O número de desalentados também subiu nos primeiros três meses deste ano. Entende-se por desalentados aqueles que estavam fora da força de trabalho por: não conseguir trabalho adequado; não ter experiência ou qualificação; ser considerado muito jovem ou idosa; não encontrar trabalho na localidade em que reside e que, se tivesse conseguido trabalho, não estaria disponível para assumir a vaga.

No último trimestre de 2017, o contingente de desalentados era de 4,3 milhões. Nos últimos números divulgados pelo IBGE, a marca chegou em 4,6 milhões de pessoas, o maior da série histórica.. A taxa de desalento ficou em 4,1% da força de trabalho, também registrando a maior da série histórica. Alagoas registrou a maior taxa entre as unidades da federação (17%) e Rio de Janeiro e Santa Catarina, as menores (0,8% em ambos).

Carteira assinada

Apenas uma região apresentou expansão de empregos com carteira de trabalho assinada na iniciativa previda, quando comparados os resultados do último trimestre do ano passado com os três primeiros meses de 2018. A Região Norte registrou aumento de 59,9% para 62,9%.

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