OPERAÇÕES AFETADAS

Falta de combustível atinge 11 aeroportos, inclusive Brasília

Aeroporto de Brasília voltou a ficar sem combustível, neste domingo

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A administradora do Aeroporto Internacional de Brasília informou há pouco que as reservas de querosene de aviação do terminal se esgotaram novamente no fim da tarde deste domingo (27). Com o desabastecimento, 132 voos já foram cancelados desde a última sexta-feira (25). E já são ao menos 11 aeroportos do Brasil sem combustível, com passageiros sendo orientados a procurar a companhia aérea para confirmar os respectivos voos.

Nenhum caminhão-tanque chegou hoje ao aeroporto de Brasília, para repor os estoques. No sábado (26), após a chegada de dez caminhões-tanque, o nível das reservas de querosene chegou a 12,5%.

Além de Brasília, também zeraram seus tanques os aeroportos de Ribeirão Preto (SP), São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Ilhéus (BA), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Aracaju (SE), Maceió (AL), Joinville (SC) e João Pessoa (PB).

De acordo com a Inframérica, somente poderão pousar em Brasília as aeronaves com capacidade para decolar sem necessidade de abastecimento. Os aviões que necessitem de combustível ficarão em solo até que a situação seja regularizada.

A concessionária reforça orientação aos passageiros para que busquem informações com as companhias aéreas antes de se deslocarem ao aeroporto.

Diariamente, o aeroporto da capital recebe em média 20 caminhões-tanque. Desde o início da greve dos caminhoneiros, 100 caminhões foram impedidos de chegar ao terminal, o que ocasionou uma defasagem de 84% na entrega de combustível.

Em entrevista coletiva concedida hoje à tarde, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, disse que viaturas da Força Nacional estão garantindo a chegada de álcool anidro, para a mistura de gasolina e do óleo diesel, e querosene de aviação à capital federal.

DIREITO DE IR E VIR

A Infraero publicou nota em que afirma que aeroportos estão abertos e têm condições de receber pousos e decolagens. Nos terminais em que o abastecimento está indisponível no momento, as aeronaves que chegarem só poderão decolar se tiverem combustível suficiente para a próxima etapa do voo.

A nota ainda afirma que compreende o direito de manifestação, mas entende que os protestos devem ocorrer sem afetar o direito de ir e vir das pessoas, bem como a segurança das operações aeroportuárias.

Aos operadores de aeronaves, a Infraero orienta que planejem seus voos de acordo com a disponibilidade de combustível na rota pretendida. (Com informações da Agência Brasil e Infraero)

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