Desvio de R$ 30 milhões

Ex-presidente da Câmara de BH é cassado por fraude, ameaças e improbidade

Wellington Magalhães (DC) foi preso em 2018 e foi cassado por quebrar decoro, com atos ilegais

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O ex-presidente da Câmara de Belo Horizonte (MG),  Wellington Magalhães (DC), teve seu mandato cassado pela maioria de seus colegas vereadores no fim da manhã desta sexta-feira (22). A decisão foi tomada durante a apreciação de seis infrações atribuídas ao vereador. Entre os motivos alegados para a cassação, estão ameaças a vereadores e cidadãos, apresentação de falsa declaração prestada às autoridades públicas, e sua prisão em 2018, na Operação Sordidum Publicae, pela acusação de fraudes a licitação, improbidade administrativa e tráfico de influência.

Dos seis processos de cassação por infrações imputadas ao parlamentar votados hoje, houve votos suficientes para a cassação em cinco deles, com quórum qualificado de dois terços dos vereadores, ou seja, 28 votos favoráveis à cassação.

Magalhães, que nega todas as acusações, assistiu à sessão de uma das cadeiras do plenário. E só teve cassação não aprovada com votos necessários no caso em que foi pedida a perda se seu mandato por exercer o cargo portando tornozeleira eletrônica.

A votação acontece um dia depois de o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abrir inquérito para apurar suposto esquema de compra de votos para livrar o vereador da cassação.

Quem assume a vaga de Magalhães é o suplente de sua coligação, Dimas da Ambulância (Podemos).

Veja o placar das votações em cada um dos casos:

– Fraude a licitação e improbidade administrativa: 30 votos a favor e 2 abstenções;

– Tráfico de influência: 31 votos a favor e 2 abstenções;

– Ameaças a vereadores e cidadãos: 32 votos a favor e 2 abstenções;

– Abuso de prerrogativa ao ampliar seu gabinete e eliminar o Plenário Paulo Portugal: 32 votos a favor e 2 abstenções;

– Falsa declaração prestada a autoridades públicas: 32 votos a favor e 2 abstenções;

– Exercer mandato portando tornozeleira eletrônica: 26 votos a favor, 4 contra e 2 abstenções.

A cassação de Wellington Magalhães é a segunda da história da Câmara de Belo Horizonte. Em 1º de agosto, foi aprovada a cassação do vereador Cláudio Duarte (PSL), por quebra de decoro parlamentar. Duarte ficou preso por dez dias, em abril, acusado de crime de “rachadinha”, pelo suposto desvio de dinheiro do salário de seus assessores.

O clima segue tenso na Câmara de Vereadores. E a Polícia Civil investiga ameaças de morte relatadas pela presidente da Câmara Municipal de BH, Nely Aquino(PRTB), e pelo seu 2º vice-presidente, Jair di Gregório (PP). (Com informações do G1)

 

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