Ex-diretores da Polícia Civil fazem manifesto pressionando GDF

Nove ex-diretores-gerais da Polícia Civil do Distrito Federal fizeram um manifesto por escrito para o Governo do Distrito Federal que fortalece a campanha da categoria nessa época de Operação Legal e pressão por reajuste salarial.

Os ex-diretores manifestam preocupação com a forma, segundo eles, "atrabiliária, arrogante e prepotente" de condução por parte do GDF e o eventual desfecho da campanha salarial levada a efeito pelos policiais civis do DF.

"Os policiais, desde 2010, vem tentando e aguardando, de forma paciente e ordeira, a recomposição de seus salários, não tendo obtido êxito, sob o argumento governamental de que em face da paridade com os da Polícia Federal, deveriam aguardar o momento oportuno, período no qual a inflação corroeu em torno de 50% o poder de compra, ao tempo em que, nesse interregno, categorias da mesma estrutura da segurança pública e do judiciário, também bancadas com recursos federais, de forma justa, receberam benefícios vários além suas recomposições remuneratórias", dizem.

Durante a campanha eleitoral de 2014, o então candidato a governador Rodrigo Rollemberg se comprometeu, caso eleito, a manter a paridade entre a PCDF e a Polícia Federal. Agora, os policiais cobram a promessa. No entanto, de acordo com a categoria, o GDF tem demonstrado "inabilidade e desrespeito sem precedentes na condução das negociações com os policiais civis, eis que, desde que assumiu, sempre se esquivou de efetivamente iniciar um processo de negociação".

No texto, os delegados também chamam a atual secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar, de confusa, e pedem que Rollemberg exerça seu papel de governante ao cumprir o que prometeu.

O manifesto é assinado pelos ex-diretores Idecy Teles de Macedo, Evaldo Carneiro Eurípedes Alves Barbosa, Milton Barbosa Rodrigues, Rosalvo Gomes de Oliveira, Laerte Bessa, Cleber Monteiro, Pedro Cardoso e Mainline Alvarenga.