CPI do Transporte

Ex-assessor teria denunciado Filippelli porque foi preterido para cargo

Acusador de Filippeli foi preterido para direção do DFTrans

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O ex-chefe da assessoria jurídica do DFTtrans  Samuel Barbosa não era autoridade competente para emitir parecer sobre a licitação do transporte público do DF, segundo informou o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, depois de ter sido citado pelo servidor em depoimento na CPI do Transprte, na Câmara Legislativa. Barbosa diz ter recebido de Filippelli orientação para retirar seu parecer contrário à habilitação das empresas Pioneira, Cidade de Brasília e Planeta, que participaram da licitação. 

Filippeli exlicou que de fato Barbosa não poderia atuar no caso porque o único órgão competente para emitir parecer, de acordo com a Lei Orgânica, é a Procuradoria Geral do DF porque, segundo o ex-vice-governador, “a Secretaria de Transporte, órgão responsável pelo processo licitatório em questão, faz parte da administração direta e o DFTtrans  é uma autarquia". O advogado Barbosa parecia ignorar essa imposição legal.

Assessores de Filippelli atribuem a atitude o funcionário, na CPI, a uma vingança por não ter sido designado para substituir o ex-diretor-geral do órgão, Marco Antonio Campanella, dirigente do PPL (Partido Pátria Livre), que considerava a autarquia seu “território”. Na ocasião, Filippelli optou pelo convite a Jair Tedeschi, técnico experiente no setor. Campanella fe seu PPL, inclusive uma deputada do partido, Telma Rufino, são investigados por corrupção em operação da Polícia Civil.

Reuniões
Em sua nota, Filippelli diz ainda que as reuniões técnicas aconteceram em vários momentos ao longo do governo. Algumas no seu gabinete, outras em secretarias ou empresas públicas; algumas até na residência oficial.

“Várias dessas reuniões contaram com a participação de autoridades do Transporte do DF, inclusive, o ex-chefe da assessoria Jurídica do DFTrans”, admite Filippelli. Mas essas reuniões faziam parte de suas obrigações institucional, porque ele foi escolhido pelo ex-governador Agnelo Queiroz para coordenar as mudanças previstas para a área de transporte público.
Ele nega enfaticamente qualquer orientação sobre parecer jurídico da licitação do transporte coletivo. “Seria um equívoco tratar sobre parecer jurídico com autoridade não competente para esse assunto”, concluiu.

Logo após o depoimento de Samuel Barbosa, o relator da CPI, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), apresentou requerimento em que propõe a convocação doex-vice-governador Filippeli para prestar depoimento.

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