Rede pública

Estudantes invadem escolas públicas e prejudicam aulas

Movimento protesta contra a reforma do ensino médio e PEC 241

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A onda de invasões às escolas públicas chegou ao Distrito Federal. Esta semana os movimentos de estudantes que protestam contra a reforma do ensino médio e a PEC 241 já chegaram em 6 unidades. 

Tudo começou no Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia Norte, no dia 4 de outubro. Nesta semana, as primeiras escolas a serem invadidas, segunda (24), foram o Centro Educacional Gisno, na Asa Norte, e o Centro de Ensino Médio Setor Oeste, na Asa Sul. Na sequencia, a onda de invasões se expandiu para outras escolas da rede pública.

Até o momento essas unidades estão tomadas pelos alunos, Centro de Ensino Médio 304 de Samambaia, Centro Educacional 01 de Planaltina, Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Centro de Ensino Médio Setor Oeste, Centro de Ensino Médio Taguatinga Norte e Centro de Ensino Médio 111 do Recanto das Emas. A Secretaria de Educação do Distrito Federal informa que as seis instituições educacionais atendem cerca de 11,6 mil estudantes.

Apesar dos alunos estarem sendo prejudicados com a suspensão ou diminuição das aulas, como ocorre no Gisno, onde um “acordo” entre estudantes e a direção, determinou que o tempo das aulas fosse reduzido em 10 minutos. O diretor do SINPRO, Gabriel Cruz, demonstrou apoio às invasões, conforme declaração no site do sindicato, “As ocupações estão crescendo e isso mostra a legitimidade do movimento. A pauta dos alunos é importante contra a PEC 241 e a MP 746, e ela tem crescido na sociedade, apesar de a grande imprensa ignorar o assunto. Este é um tema de grande preocupação que precisa se debatido, porque afetará a vida de muitas pessoas. Os estudantes não vão aceitar nenhuma retirada de direitos e o retrocesso”.

A Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc) recomendou a abertura imediata de negociação pacífica com os estudantes que ocupam ou venham a ocupar ilegalmente escolas públicas do DF.

O secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, assegura que nenhuma discussão sobre o ensino médio ocorrerá sem a participação ativa da classe estudantil durante o processo. 

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