Justiça Eleitoral

Empossado no TSE mais um ministro do STF apontado como ‘oposição’ a Bolsonaro

Lewandowski se une a Fachin e Moraes, também tidos como oposicionistas

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Lewandowski tem 73 anos e foi nomeado para o STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006 Foto: Antonio Augusto Secom TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski tomou posse esta terça-feira (8) como membro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela organização das eleições.

O ministro, que é apontado por apoiadores do governo como integrante de uma “bancada de oposição” na corte, ocupará o lugar deixado por Luís Roberto Barroso, que encerrou o mandato de quatro anos no TSE.

Além de Barroso, que durante sua presidência realizou diversos discurso de cunho político, atacando o chefe do Poder Executivo, também são apontados pelos bolsonaristas como membros da “bancada de oposição” os ministros Edson Fachin, atual presidente do TSE, e seu vice, Alexandre de Moraes.

A escolha de Lewandowski, que também é ministro do STF, para ocupar essa cadeira foi feita de maneira simbólica durante votação realizada no mês passado.

Pela regra, a escolha é feita por antiguidade e o ministro já ocupava o cargo de ministro substituto. Ele também foi ministro do tribunal em 2012.

O TSE é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico. Além do empossado, os ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Edson Fachin, atual presidente, também compõem o tribunal.

Lewandowski tem 73 anos e foi nomeado para o STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Ele formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). No Supremo, o ministro foi o revisor da Ação Penal 470, o processo do mensalão, e relatou processos sobre a proibição do nepotismo no serviço público e das cotas raciais nas universidades federais.(ABr)

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