Em meio à crise hídrica, Caesb ignora vazamentos de água
Moradores afirmam que equipes demoraram mais de 15 horas
Os moradores do Distrito Federal enfrentam uma grave crise hídrica e são obrigados a fazer rodízio de água dentro de suas casas. Segundo a Caesb, a medida visa economizar a água para o período da seca, que já está batendo à porta. Apesar de demonstrar tanta preocupação, denúncia de moradores do Altiplano Leste apontam descaso da companhia. Vazamentos de água notificados à Caesb ficam sem solução.
A suposta crise parece não preocupar a Caesb. Segundo um morador do Condomínio Privê Morada Sul, um cano estourado na porta de casa ficou, pelo menos, 15 horas jorrando água. Na mesma rua, dois hidrômetros estouraram, mas a equipe arrumou apenas um.
“Será outra equipe. Como pode? Vão arrumar um vazamento e vão embora, depois voltam e arrumam outro que está a um metro do primeiro”, reclamou o morador, que preferiu não ser identificado. Segundo ele, os canos foram estourados por conta de uma obra no condomínio. “Estouraram uns 10 vazamentos”, avaliou.
Questionada, a Caesb afirmou que a ordem de serviço foi aberta apenas às 9h15 desta terça-feira (23). "Equipes da Caesb foram ao local verificar o ocorrido e efetuar o reparo", completou.
Crise
O rodízio de água ainda não tem data para acabar. Toda semana, moradores de diversas regiões enfrentam a suspensão do serviço por um dia.
De acordo com a última medição, ocorrida na tarde de ontem (22), o nível do reservatório do Descoberto é de 55,21% e o de Santa Maria é de 53,42%.
Nesta terça-feira (23/5), o racionamento de água atinge as seguintes regiões: Vicente Pires; C.A. Samambaia; Vila São José e Jóquei; Santa Maria, DVO, Sítio do Gama, Polo JK e Residencial Santa Maria; Asa Norte, Noroeste, Vila Planalto, Asa Sul (SQS 202 a 208, SQS 402 a 404, CLS 201 a 208, CLS 402 a 405, SES 801 a 803 e Anexos dos Ministérios-Sul), Itapoã e Condomínios Entrelagos, Novo Horizonte e La Font.
Veja o vídeo de um dos vazamentos: